O Amazônia 1, foi lançado ao espaço na madrugada de domingo (28/2) e opera normalmente, iniciou-se nesta quarta-feira (3/3) o envio das primeiras imagens ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Terá como missão principal fazer observação e monitorização da terra, sendo o vigilante da floresta.
O diretor do Inpe, Clézio di Nardin afirmou que o satélite está em órbita sem apresentar nenhum problema e já está gerando imagens, ele explica que "qualquer missão passa por uma análise e entra por um modo seguro" para passar por ajustes antes de enviar as imagens.
Clézio, ainda esclarece que “Não é fato que ele está descontrolado. O lançamento do satélite foi um sucesso. Não há registro de qualquer intercorrência”, a informação ocorreu após uma empresa de rastreamento de satélites indicar irregularidades de sinal do Amazônia 1.
O Inpe afirma que a primeira imagem captada pelo satélite foi enviada hoje (3), mas ela ainda não foi divulgada, Clézio menciona que essa é uma fase de teste, "Estamos testando todos os subsistemas do satélite", e somente a partir de 15 de março estará concluída a fase de testes para ter a primeira imagem definitiva, oficial do Inpe conclui Clézio.
No centro de monitoramento dos satélites do Inpe, em São José dos Campos já estão sendo monitoradas as primeiras imagens, sendo como principal atribuição mandar imagens diárias para o monitoramento ambiental, enviando informações para guiar as fiscalizações e o combate a derrubada ilegal da floresta.
O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Moura, relata em entrevista que é um privilégio para o Brasil ver o seu programa espacial se consolidando. “Isso se deve muito à capacidade tecnológica das pessoas, ao desenvolvimento científico, mas também ao esforço logístico que prossegue até chegar na Índia, e também ao esforço administrativo, que é uma vitória de todas as instituições.”
O Amazonia-1 pesa 640 quilos, tem 2,5 metros de altura e operará a 750 km de altitude. Seu desenvolvimento durou 13 anos para que chegasse ao lançamento bem-sucedido e, com isso, o Brasil entra para o grupo de apenas 20 países capazes de desenvolver um satélite próprio dessa maneira.
“Para termos o satélite preparado para o envio à base de lançamento, contamos com o empenho de centenas de pessoas que trabalharam de maneira incansável. Os desafios foram muitos", disse o diretor do Inpe/MCT, Clézio di Nardin.
Sendo o primeiro satélite de observação da Terra, projetado, desenvolvido, testado e operado pelo Brasil, apenas o lançamento aconteceu no país da Índia, ele vai mandar o sinal para três estações de monitoramento no Brasil: uma em Cuiabá (MT), a outra em Alcântara (MA) e a terceira em Cachoeira Paulista (SP). Todos os movimentos do satélite serão coordenados de uma outra estação, que fica no Inpe.
O projeto teve investimento de R$ 400 milhões e envolvimento de diversos pesquisadores, após oito anos para construção em dezembro de 2020, o Inpe começou as fases de testes e assim montado um esquema de transporte com o satélite desmontado foi levado por um avião cargueiro e passou pelo Senegal antes de chegar a sua direção final, a Índia.
*Com informações do G1 e TV Vanguarda
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