Segundo um levantamento, feito dentro do Monitor da Violência, em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, houve um crescimento nos óbitos policiais, foram 198 vidas perdidas, aumento de 10% em relação a 2019. Dos 198 policias mortos, 140 estavam de folga, ou seja, mais de 70% do total.
Já o número de pessoas mortas pela polícia, teve ligeira queda (-3%), mas o número continua alarmante. Foram 5.660 pessoas mortas por forças policiais no Brasil em 2020.
De acordo com os especialistas do NEV-USP e do FBSP, as mortes por intervenção policial não são uma rotina em todo o país. Apenas três estados (São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro), por exemplo, somam mais da metade das mortes do Brasil, e chamam atenção para o número elevado de mortes.
Os dados do levantamento revelam que:
- o Brasil teve 198 policiais assassinados em serviço e de folga no ano passado – um aumento de 10% em relação a 2019
- o Piauí foi o estado com a maior taxa de policiais mortos (1 a cada mil policiais)
- Acre, Paraná, Rio Grande do Sul e Tocantins foram os únicos estados que não registraram nem sequer uma morte de policial no ano passado
- ao menos 5.660 pessoas foram mortas por policiais em 2020 – uma ligeira queda de 3% em relação a 2019, quando foram registradas 5.829 vítimas (sem contar Goiás em ambos os anos)
- o Rio de Janeiro teve 575 mortes a menos de um ano para o outro, puxando a baixa no país
- ao todo, 17 estados registraram crescimento nas mortes por forças policiais
- o Amapá foi o estado com a maior taxa de letalidade policial em 2020: 12,8 por 100 mil habitantes
- Distrito Federal teve a menor taxa: 0,4 a cada 100 mil
Apenas o estado de Goiás não divulgou os dados e, já é a quinta vez que o governo se recusa a divulgar informações públicas para um levantamento nacional do Monitor da Violência.