Para quem tem ligação direta com pessoas que tem TEA é muito importante comemorar o dia 2 de abril. Essa data marca o dia de conscientização e luta para que as pessoas com Transtorno do Espectro Autista sejam mais valorizadas. Ainda há o capacitismo social, onde é possível perceber a discriminação e o preconceito contra pessoas com alguma deficiência. Sobretudo ainda é muito presente na sociedade em relação aos autistas.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) não é uma doença, é considerado como uma condição no comprometimento do neurodesenvolvimento na linguagem e no comportamento de uma criança ou adulto com a deficiência.
Por causa do atraso de linguagem, e os sinais de comportamento não adaptativo, social e repetitivo. O autista necessita de acompanhamento médico. Sendo assim, um dos primeiros profissionais a ser buscado, a qual também desde a primeira idade, consegue diagnosticar o caso, é o fonoaudiólogo. Além disso, o profissional deve indicar um acompanhamento múltiplo por vários médicos.
“O ideal é criarmos uma equipe multiprofissional, com fonoaudiólogo, médico, psicólogo e terapeuta ocupacional para unir avaliações e terapias com a finalidade de ajudar essa criança”, diz a fonoaudióloga e diretora da FonoBabyKids, Daniella de Pádua Salles Brom.
Como não existem exames laboratoriais sobre o Autismo, geralmente, quem sinaliza as dificuldades dos pequenos, são os professores ou os pais. Geralmente são eles que reparam que a criança chegou aos dois anos de idade e não está falando nada ou está falando de uma forma não funcional. explica a Fonaudióloga.
Nos dias de hoje, é muito importante observar as crianças e o comportamentos delas, principalmente se tiverem sido diagnosticadas com TEA. O comportamento deles são afetado desde os primeiros meses. Onde há pouco contato visual: desde a amamentação. Por volta de seis a oito meses, os bebês já começam a imitar nossas ações e comportamentos e é preciso estar atento a esses detalhes.
Já nas fases maiores existem as dificuldade de atenção e imaginação para brincadeiras coletivas: não se interessa ou não entende e não cria histórias com personagens. Além das dificuldades com a comunicação não-verbal: não aponta para o que quer, e o incômodo sensorial: barulhos e toque de outras pessoas podem incomodar e irritar a criança. Quando estão felizes, triste ou ansiosos tendem a fazer movimentos repetitivos: como balançar o corpo, sacudir as mãos ou correr de um lado para outro.
Para o dia mundial do Autista, a estudante Isabela Santana, de 20 anos relata: "Esse é um dia muito importante para mim, porque através dele, podemos dar visibilidade para um assunto que ainda é desconhecido por muitas pessoas. Por meio do meu curso, Fonoaudiologia, eu pude ter mais contato com esse tema e ver a importância da intervenção Fonoaudiológica nesse meio. Estudar e compreender um autista é muito importante e trazer visibilidade pra esse tema é uma forma de chamar a sociedade pra uma inclusão verdadeira. É muito gratificante quando os pais relatam o desenvolvimento de seus filhos e a melhora durante as terapias, isso com certeza é a melhor recompensa que um terapeuta poderia ter".
Em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a fonoaudióloga Daniella Brom participa de live nesta sexta-feira (2) às 19h para derrubar mitos, preconceitos e tirar dúvidas sobre o assunto.
View this post on Instagram A post shared by FonoBabyKids (@fonobabykids)
“Sempre peço para as famílias que ensinem os filhos a conviver com as diferenças. O que difere uma criança com TEA de uma criança sem o TEA é a cor do cabelo, dos olhos, seu jeito, ou seja, é a mesma diferença que todos nós temos e é nas nossas diferenças que somos iguais”, pontua a Fonoaudióloga.