22 de abril de 1.500, esta data marca a chegada dos navegadores portugueses em território brasileiro. Por não ser oficialmente feriado nacional, o seu valor histórico faz parte do nosso calendário. Oficialmente, o descobridor do Brasil foi Pedro Álvares Cabral, chefe da expedição que chegou às terras brasileiras.
Segundo relatos de historiadores, os portugueses chegaram no Brasil em suas embarcações na cidade de Porto Seguro, Bahia. Na época, eles partiram de Lisboa, em Portugal, no dia 9 de março de 1.500 com objetivos principais: tratados comerciais com a Índia e explorar as terras onde seria a América.
No dia 22 de abril daquele ano, foi avistado o Monte Pascoal pertencente ao território brasileiro, sob o comando de Pedro Álvares Cabral, com 13 embarcações e cerca de 1500 homens.
No dia seguinte, ao explorar o litoral, houve o encontro entre os portugueses e os índios, o que foi um verdadeiro choque cultural. Eles ficaram curiosos com os objetos, animais, metais e com as roupas. Estima-se que existiam no Brasil aproximadamente cinco milhões de índios naquela época.
No início, o objetivo dos portugueses era catequizar os índios, mas depois iniciou-se o processo de colonização do Brasil e extração das matérias-primas do país, como o pau-brasil, por exemplo, fazendo com que a comunidade indígena fosse fortemente escravizada.
Em texto produzido pelo historiador Eduardo José Reinato, Doutor em História pela USP e professor da PUC Goiás, sobre o descobrimento do Brasil, o que na verdade os portugueses descobriram aqui, não foi o Brasil, mas sim terras portuguesas de além-mar, que serviriam ao intento comercial e colonial português nos séculos seguintes.
No texto discorrido pelo professor Eduardo, ele faz uma reflexão sobre o significado do descobrimento do Brasil. De acordo com suas palavras, este significado para os brasileiros é nulo. ‘’Nem como data cívica é comemorado. Por outro lado, isso reflete o fato de que o significado do descobrimento é maior para os portugueses do que para nós. Para eles, comemorar os feitos de Cabral é relembrar a epopéica constituição de um império ultramarino. É comemorar o momento maior de Portugal’’.
Inicialmente, o Brasil era chamado de Terra de Vera Cruz, e a sua data de descobrimento foi fixada em 3 de maio coincidindo com o feriado da Santa Cruz, baseada em uma interpretação de documentos do império feita pelo historiador português Gaspar Correia.
Entretanto, com a proclamação da república, em 1889, ainda se manteve a data do descobrimento como feriado nacional no dia 3 de maio. A mudança para 22 de abril só foi realizada em 1930 no Governo de Getúlio Vargas, quando a data também deixou de ser feriado pelo decreto nº 19.488.
O plano real
Quando falamos de Brasil na Atualidade, estamos nos referindo a temas que dizem respeito aos últimos trinta anos de nossa história, isto é, desde o fim dos governos militares até os dias de hoje.
Em 1989, as primeiras eleições diretas ocorreram e foi eleito como presidente Fernando Collor de Melo. Collor também desenvolveu um governo com forte instabilidade econômica, porém permeado também com grandes escândalos políticos, que desencadearam contra ele um processo de impeachment, diante do qual preferiu renunciar ao cargo de presidente. Na ocasião, seu vice Itamar Franco continuou no poder até o término do mandato que foi de 1993 a 1994.
Neste período, foi criado o plano real para solucionar problemas das sucessivas crises econômicas, elaborado e efetivado por Fernando Henrique Cardoso, este, que se candidatou à presidência vencendo o pleito e ocupando o cargo de 1994 a 1998 e reeleito novamente, governou até 2002.
Nas eleições de 2002, um dos partidos que haviam nascido no período da abertura democrática, o Partido dos Trabalhadores (PT), conseguiu eleger seu candidato, Luís Inácio Lula da Silva, que, a exemplo de Fernando Henrique, governou o país por oito anos, de 2002 a 2010.
Atual governo e a promessa de uma ‘’ nova era’’
Em 1º de janeiro de 2019, Jair Bolsonaro assumiu como o 38º presidente do Brasil prometendo uma ‘’nova era’’. Em seu discurso de posse, o atual presidente do país disse que iria pautar pela vontade de cidadãos que desejam conquistar, pelo mérito, bons empregos, que exigem saúde, educação, infraestrutura e saneamento básico, que sonham com a liberdade de ir e vir, sem serem vitimados pelo crime.
Passado um ano, os empregos não vieram, a economia cresceu menos que nos anos anteriores, e o desmatamento tornou o país um vilão ambiental aos olhos do mundo. E áreas como educação, saúde, meio ambiente, ciência e cultura sofreram com cortes e estatísticas ruins.
Resultado disso é que Bolsonaro conseguiu ficar numa situação bem pior que a de Fernando Collor, o presidente que confiscou a poupança dos brasileiros logo que assumiu. Assim, Bolsonaro tornou-se o presidente com a pior avaliação após seus primeiros 12 meses de mandato, superando Collor, que fechou 1991 com 34% de rejeição.