Uma empresa que ofertava lotes da vacina AstraZeneca/Oxford, que é produzida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Brasil, é investigada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (RJ), por integrar um esquema fraudulento para comercializar os lotes do imunizante com prefeituras. A operação foi deflagrada hoje, 22, e cumpre oito mandados de busca e apreensão.
De acordo com as investigações, a polícia identificou que a empresa ofertava os lotes da vacina com valor de R$ 45, o equivalente a US$ 7,90 cada.
Durante o levantamento a polícia descobriu que as cidades de Duque de Caxias, Barra do Piraí na capital fluminense e Porto Velho, em Rondônia foram procuradas e receberam a oferta da empresa, para poder comprar o imunizante vendido por ela.
Prefeituras que adquirissem o produto da AstraZeneca da empresa teriam que pagar de forma antecipada
No contrato a empresa afirma que os municípios teriam que fazer o pagamento de forma antecipada através do swift ou carta de crédito assim que as doses fossem postadas para envio.
Em comunicado o laboratório afirmou que o imunizante produzido por eles não possuí acordos com municípios, e que todos estes foram fechados com governos e organizações multilaterais pelo mundo como o da Covax Facility.
De acordo com o comandante da operação, delegado Thales Nogueira, as investigações tiveram início após os setores de inteligência da unidade policial, da Coordenadoria de Recurso Especiais (Core) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) compartilharem informações.
As investigações mostram que a empresa envolvida no esquema é americana, e que a mesma foi criada recentemente, e o endereço do escritório está como coworker, além de ter outros registros ocultos no registro do site.
Os investigado vão responder por organização criminosa e estelionato contra a administração pública.
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