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A polícia do Rio de Janeiro desmascarou uma quadrilha que se aproveitava das doações de cabelo para ganhar dinheiro. O golpe foi desvendado com a ajuda de uma doadora, que resolveu investigar o esquema por conta própria.
Gleice Milesi da Cunha foi presa em um motel no Rio. Para a polícia, ela é a chefe de um esquema que faz comércio ilegal de cabelo. Denildes Palhano foi quem denunciou Gleice.
Em 2005, Denildes teve um câncer de mama. Após ser curada, ela passou a participar de grupos de apoio à mulheres com a doença. Em 2011, conheceu a Fundação Laço Rosa, ONG que recebe cabelo doado e faz perucas para pessoas que passam por quimioterapia.
Denildes cortou o cabelo e fez uma doação mas, começou achar estranho o fato de muita gente doar e ter poucas perucas. Ela começou a questionar para onde ia todo cabelo doado?
Segundo as investigações, na ONG, o cabelo era separado e entregue para Gleice, que fazia algumas perucas para a instituição, mas a maior parte das doações ficava com ela para ser vendida. Roubando o cabelo doado, Gleice abriu fábrica, lojas e começou a vender também pela internet. Enquanto investigava o caso, o câncer de Denildes voltou. A família pediu que ela esquecesse o assunto, mas ela afirma:
"É humanamente impossível esquecer quem está ganhando dinheiro em cima de uma doença", diz.
