A jornalista Carla Bridi revelou ter sofrido ter sofrido ameaças por parte de seguranças do governo no Palácio do Planalto neste domingo (2). Ela é repórter da CNN em Brasília e disse que o caso aconteceu enquanto tentava seguir o comboio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
No relato feito no Twitter, Carla Bridi contou que foi intimidada por um segurança que não usava máscara de proteção contra a Covid-19. Na ocasião, a repórter disse ainda que ele colocou a mão em cima da própria arma.
Ainda segundo Carla Bridi, o segurança disse que anotaria o nome da equipe, mas ela se recusou a passar. Além disso, também houve hostilização por parte dos apoiadores do presidente.
A jornalista finaliza o relato resumindo o ocorrido. "No fim, um outro segurança foi chamar atenção do apoiador que nos xingou. E pediu pra que não fizéssemos matérias sobre a confusão. Em troca, não iria anotar nossos nomes", contou Carla Bridi.
Em nota, a emissora se manifestou em relação ao tratamento dispensado à repórter.
"A CNN Brasil repudia intimidações a jornalistas e ameaças à liberdade de expressão, e defende a imprensa independente, garantida pela Constituição, como um alicerce do estado democrático de direito", diz o texto.
A Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), afirmou ao UOL, que foi cumprido o protocolo de segurança existente para esse tipo de evento no Palácio do Planalto, e que a versão publicada por Carla Bridi "distorce o fato ocorrido e carece de credibilidade.".
"Os profissionais de imprensa e os apoiadores do Presidente têm ciência de que, na iminência da sua entrada ou saída do Palácio Alvorada, bem como após suas palavras ao público presente, todos devem aguardar a saída do comboio para se movimentarem", diz o comunicado.
A Secom ainda disse que alguns repórteres julgaram "erradamente" que o presidente sairia do Alvorada, e que por isso os agentes "corretamente executaram as normas vigentes."
*Com informações do Uol.
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