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Jovem suspeita de planejar massacre em escola do DF é internada

Na manhã deste domingo (23), equipes da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) e da Divisão de Operações Especiais (DOE) cumpriram ordem judicial de internação psiquiátrica compulsória da jovem de 19 anos suspeita de planejar um massacre a uma escola pública do Recanto das Emas.

A decisão é da juíza plantonista do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e foi cumprida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

A jovem foi alvo de uma operação de buscas, intitulada de Shield (escudo, em inglês), na manhã da última sexta-feira (21). De acordo com a mãe da jovem, policiais civis do Distrito Federal fizeram uma intensa revista nos cômodos, principalmente no quarto em que a suspeita dorme, onde os investigadores encontraram máscaras e simulacros de arma de fogo.

A operação da DRCC foi deflagrada em parceria com a Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos. A jovem foi levada à delegacia, mas liberada, por não se configurar prisão em flagrante.

Apesar do envolvimento da polícia norte-americana na investigação, a corporação confirma que o ataque não ocorreria em colégios internacionais, mas em uma escola pública do DF no Recanto das Emas. O plano de massacre, revelado por meio de monitoramento na internet, seria executado quando as aulas presenciais fossem retomadas.

Em entrevista ao site Metrópoles, a mãe disse que a jovem já havia admitido à família que ''tinha vontade de matar adolescentes da escola dela''. Apesar disso, a mulher, de 53 anos, afirma não acreditar que a menina concretizaria o ataque.

Bullying

Segundo relatos da mãe da jovem, a filha sofria bullying na antiga escola pelo modo como se vestia e, muitas vezes, ''chegava em casa da escola nervosíssima e tinha surtos de raiva''. ''Eu falava: ‘não, minha filha. Vamos conversar’. Voltamos nos médicos dela, aí aumentaram a medicação, porque ela toma antidepressivos'', relata.

A mãe ainda relata que atualmente a filha estuda em outra escola, diferente da que teria como alvo. ''Nessa escola de agora ela tem amigos, de quem eu conheço os pais, é tudo tranquilo. Era na escola antiga dela que ela sofria bullying e chegou a falar que queria matar os adolescentes porque tinha muita raiva. Mas agora já não falava mais nisso'', disse a mãe.

''Foi no início desse ano que ela teve uma última conversa com uma menina do Rio de Janeiro, pelas redes sociais. A menina dizia que, se minha filha quisesse, ainda poderia fazer isso, porque ela tinha armas. Mas eu falei: ‘filha, pare de conversar com essas pessoas, porque são de má índole'', disse.

Há dois anos, a jovem teria sofrido um surto psicótico enquanto andava na rua e acabou atropelada por um carro. Na ocasião, levou 50 pontos na cabeça, além de ter fraturado o quadril e os ombros. Também por conta disso, a mãe defende que ela não teria condições físicas de fazer qualquer ato com a magnitude descrita pela polícia.

*Com informações do site Metrópoles

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