Cumprindo sua agenda em Alagoas nesta quinta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro voltou a falar do voto impresso nas eleições presidenciais de 2022.
O presidente disse que o voto impresso tem maternidade e paternidade: A deputada Bia Kicis (PSL-DF) seria a mãe do texto por ser autora da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), seria o pai por ter determinado a instalação de uma comissão especial para análise da matéria.
''O voto impresso tem nome, né? Mãe é a deputada Bia Kicis, lá de Brasília; pai é o Arthur Lira, que instalou a comissão no dia de ontem. Parabéns, Arthur'', elogiou o presidente.
Bolsonaro visitou Alagoas e inaugurou um techo de 30km do sertão alagoano, na cidade de São João da Tapera. O estado é comandado por Renan Filho (MDB), herdeiro do relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL). O governador não acompanhou os compromissos públicos.
Acompanhando o presidente na agenda pelo estado, o deputado Arthur Lira fez menção à instalação da comissão e defendeu a aprovação da medida.
''Foi criada ontem, deve estar sendo instalada hoje a comissão na Câmara dos Deputados, para que a gente possa votar no Plenário e daí mandar para o Senado em tempo hábil para que as providências sejam tomadas e a voz da população seja ouvida. Nós queremos votar e queremos ter a certeza de que esse voto é confirmado da maneira como a gente colocou'', disse Arthur Lira.
Voto impresso
Na madrugada desta quinta-feira (13), durante a sessão, Arthur Lira decidiu instalar a comissão especial para analisar a PEC 135/2019, chamada de PEC do voto impresso.
A PEC torna obrigatória a impressão de cédulas em papel na votação e na apuração de eleições. A proposta teve a sua constitucionalidade aprovada em dezembro de 2019, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
O presidente Jair Bolsonaro tem defendido o voto impresso, que já foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na semana passada, Bolsonaro disse que se o mecanismo não estiver em vigor nas eleições de 2022, será ''sinal de que não vai ter eleição''.
Na ocasião, Bolsonaro disse que o Brasil é a “única republiqueta do mundo” que usa o voto eletrônico.