O YouTube deletou o canal de Luís Ernesto Lacombe na última segunda-feira (7). Com 1,2 milhão de inscritos e 129 vídeos, o perfil em apoio ao presidente Jair Bolsonaro mantinha conteúdos negacionistas e foi retirado do ar por "nudez ou conteúdo sexual".
Criado há cerca de um ano, o canal continha entrevistas com apoiadores do atual governo, como Otávio Fakhoury, o vereador Nikolas Ferreira, Bernardo P. Küster e Allan dos Santos. Em março deste ano, Lacombe também já havia sido notificado depois de entrevistar Alessandro Loiola, reconhecido como “negacionista” da pandemia do novo coronavírus.
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As primeiras informações foram divulgadas pelo jornalista Guilherme Felitti. “No ano que ficou no ar, o canal só deu palco a apoiadores ferozes de Bolsonaro. Era o creme da ideologia fantasiada de ‘jornalismo’, tal qual Alexandre Garcia. Mesmo com muitos vídeos negacionistas, o canal caiu por infringir as regras do YouTube sobre nudez e conteúdo sexual”, publicou.
No entanto, na manhã desta terça-feira (8), Lacombe negou que o canal tenha violado regra do YouTube e afirmou que sofreu um ataque de hackers. “Estou aqui para avisar que meu canal no YouTube foi hackeado. Estava em um evento ontem quando recebi a notícia. O canal foi hackeado, aparentemente, pelo mesmo grupo que atacou também o canal da Brasil Paralelo. Dois canais com conteúdos conservadores, conteúdos de direita”, disse.