A médica infectologista Luana Araújo está prestando depoimentos à CPI da Covid desde a manhã desta quarta-feira (2). Ela criticou o tratamento precoce contra a Covid-19 por meio do uso de medicamentos sem comprovação de eficácia, como a cloroquina e ivermectina.
Segundo a infectologista, o fato do Brasil ainda insistir na medida coloca o país na “vanguarda da estupidez”.
“Estamos aqui discutindo uma coisa que não tem cabimento, é como se estivéssemos discutindo, aqui, de que borda da Terra plana a gente vai pular”, disparou.
Leia também: País registra 64% mais mortes que o esperado
“Todos nós somos absolutamente a favor de uma terapia precoce que exista, quando ela não existe, não pode se tornar uma política de saúde pública”, alertou, deixando claro que nunca conversou com o ministro Marcelo Queiroga sobre o procedimento.
Em outro momento, declarou: “Isso nem foi um assunto [entre nós]. Essa é uma discussão delirante, esdrúxula, anacrônica, contraproducente, quando disse, um ano atrás, que nós estávamos na vanguarda da estupidez mundial, eu infelizmente mantenho isso”.
Leia também: Pandemia pode ser controlada com 75% da população vacinada aponta estudo
Luana Araújo chegou a ser anunciada ao cargo de secretária de Enfrentamento à Covid-19, mas foi afastada com apenas 9 dias de trabalho. A médica disse ao senadores que não soube o motivo pelo qual não foi nomeada para o cargo, que exerceu informalmente.