Um policial militar (PM) que atendia uma ocorrência de violência doméstica agrediu a vítima que estava com um bebê no colo, e a chamou de “cachorra”. O caso aconteceu na noite da última quinta-feira, 15, em Santo Antônio, no Rio Grande do Norte. Vizinhos gravaram o ato de violência. Veja o vídeo:
Nas imagens, é possível ver que a mulher estava com a criança no braço no momento em que o policial desferiu diversos tapas e a derrubou no chão. Segundo testemunhas, a agressão ocorreu após o policial “se irritar” com o pedido da mulher de não bater no irmão, denunciado por ela.
“Peraí, ninguém precisa bater nele não”, gritou a mulher, na tentativa de impedir os policiais. Em seguida, ela entra na casa e é possível ouvir uma discussão. É possível ouvir o policial dizendo que ela “tem que apanhar mesmo”. “Meta a mão mesmo. Bate nessa ‘cachorra’. Meta! Essa ‘cachorra’ tem que apanhar mesmo”, diz.
A mulher diz que “não é bem assim” e o policial retruca que “é flagrante e que irá fazer o procedimento”. Depois, o militar sai da casa, acompanhado de mais cinco homens, e continua a dizer que ela merece apanhar.
“Eu não sou ‘cachorra’ não, graças a Deus. ‘Cachorro’ pode ser o senhor, agora eu não”, responde a mulher. O PM então, se vira para a mulher e manda que ela o respeite, se não “quem dá na sua cara sou eu”. Nesse momento ele desfere o primeiro tapa no rosto da dela, enquanto ela ainda está com o bebê no colo. “Não dê em mim não. Respeite meu filho, seu cachorro!”, grita a mulher.
O policial começa a dar mais tapas na mulher e a empurrá-la. Um outro PM tira a criança dos braços da mãe que é derrubada no chão pelo agressor. O bebê, de colo, começa a chorar enquanto a mãe grita falando para o policial parar. Nenhum dos outros militares apartou a situação.
Em entrevista ao telejornal RN1, o comandante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, Coronel Alarico Azevedo, disse que determinou o afastamento dos policiais das ruas.
"Lamentamos o que ocorreu e determinamos que eles fossem afastados do serviço operacional, eles vão prestar seus serviços na sede do batalhão. Após a apuração dos fatos vamos verificar quais serão as providências tomadas administrativamente e até penal", disse.