Uma mulher pulou de um carro em movimento após ter sido colocada à força dentro dele por um desconhecido em Colina (SP). O caso aconteceu na madrugada do dia 28 de agosto. Uma câmera de segurança registrou o momento. Veja o vídeo:
Nas imagens é possível ver o suspeito agarrando a mulher e forçando ela a entrar no carro. Em seguida o veículo passa em alta velocidade, a mulher pula, cai no asfalto, levanta e sai correndo.
De acordo com a vítima, que não quis ser identificada, o rapaz a agarrou com força e pediu para que ela ficasse quieta.
“Eu comecei a gritar muito. Me desesperei naquele momento. Ele começou a me bater, dar tapas, socos, pegar forte porque eu estava tentando correr, sair dali. Foi essa sequência de tapas e socos até eu conseguir entrar no carro. Ele entra junto comigo e acelera o carro. Foram cinco segundos para pensar, abrir a porta e pular”, conta.
Ela procurou a polícia alegando que sofreu tentativa de sequestro e estupro, mas os crimes não foram relatados no boletim de ocorrência. O homem foi identificado e, na delegacia, disse que estava bêbado e não se lembrava do que aconteceu.
“Eu me sinto muito injustiçada, porque ele mesmo confessou e saiu da delegacia como se não tivesse feito nada. Ninguém fez nada e ele está por aí, podendo cometer isso de novo com outras mulheres. Eu consegui escapar, mas e se eu não conseguisse? A Polícia ia fazer alguma coisa se eu aparecesse morta? Ou até alguma hora que uma mulher aparecer morta?”, questiona.
Segundo o delegado Daniel do Prado Gonçalves, responsável pelo caso, todos os procedimentos foram tomados e não é possível afirmar que houve tentativa de sequestro ou estupro e que isso foi alegado pela própria mulher nas oitivas.
“A vítima foi entrevistada e ela não afirmou que ele teria alguma intenção em cometer qualquer ato libidinoso contra ela, que ele só tentou, forçou ela e agrediu ela fisicamente a entrar no carro, só que ela prontamente, alguns metros depois, já conseguiu sair do carro e sair correndo. Em uma análise primária, numa análise inicial, não foi caracterizado, ficou bastante temerária a caracterização do crime do estupro e do sequestro”, diz.
“O sequestro tem que reter a vítima. Tirar do ambiente dela e reter em um local e aquela retenção dela foi muito breve. Fica muito temerário falar que ele tentou sequestrar ela, até porque não conseguiu, com a oitiva dele e dela, colheita das testemunhas e câmeras, a gente não conseguiu provar que a intenção dele era essa”, completa.
Daniel afirma que o inquérito vai ser encaminhado para o poder judiciário e depois para análise do Ministério Público.
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