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Uma psicóloga foi presa suspeita de agredir um menino de 8 anos com grau moderado de autismo que fazia tratamento com ela em Coronel Fabriciano (MG), na última quarta-feira, 15. Câmeras de segurança da residência da família flagraram as agressões.
"Ela apertou o braço dele e ele chorou muito; beliscou a mão dele; apertou o rosto e o arrastou para cima do sofá, como se ele fosse qualquer coisa", se indignou a mãe. Ela foi avisada sobre as agressões pelo outro filho, também de 8 anos, que é irmão gêmeo da vítima, afirma a mãe da vítima, que preferiu não se identificar.
Segundo a criança, além das agressões, a psicóloga também não deixou ele lanchar. "O meu filho não fala e uma das atividades que ela desenvolvia com ele era mostrar as figuras que estavam no lanche. Por exemplo, se ele queria o biscoito ele mostrava e ela dava a ele. Na hora do lanche ele errou a figura e ela o agrediu", contou a mãe.
A mãe acionou a Polícia Militar (PM) e registrou o boletim de ocorrência. Após assistirem as filmagens com as agressões, os policiais foram até a casa da psicóloga e a mulher foi presa. Aos policiais, ela disse que é pós graduanda em psicologia e que "o procedimento (as agressões) faz parte do tipo de intervenção necessária no tratamento que a criança necessita e que os pais sabem que esta deve ser feita de forma enérgica".
A mãe do menino conta que a psicóloga trabalhava de forma particular com a família há quatro anos e que passava quatro horas na escola com a vítima e quatro horas em casa realizando terapia com a criança. "Era uma pessoa que eu confiava muito e eu achei que estava fazendo o melhor para meu filho", relatou a mãe.
Segundo ela, não tinha ocorrido ainda nenhum registro de agressividade da psicóloga com o filho. "Que eu saiba nunca teve nada. A gente fica muito triste com o que aconteceu. Meus outros filhos também ficaram muito assustados com o que aconteceu". A mulher disse que está dando todo carinho para a vítima e que espera que ele esqueça o que aconteceu.
Após assistirem as filmagens com as agressões, os policiais foram até a casa da psicóloga e a mulher foi presa. Ela disse aos policiais que é pós graduanda em psicologia e que "o procedimento (as agressões) faz parte do tipo de intervenção necessária no tratamento que a criança necessita e que os pais sabem que esta deve ser feita de forma enérgica", diz o boletim de ocorrência.
"Ficou realmente verificado que essa cuidadora estava praticando violência, lesões corporais contra uma criança de 8 anos diagnosticada com autismo. Ela foi autuada em flagrante e encontra-se presa no presídio de Timóteo, a disposição da Justiça, respondendo por um crime cuja a pena pode chegar a quatro anos", afirmou o delegado Jorge Caldeira, que cuida do caso.
O Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais (CRP-MG) disse que "foi notificado sobre o fato e está juntando informações para análise e providências cabíveis". A reportagem não conseguiu contato com a defesa da suspeita.
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