O cartunista Nani, morreu aos 70 anos, vítima da Covid-19, nesta sexta-feira, 8, em Belo Horizonte. O criador da tira Vereda Tropical conhecido na década de 1980, fez história no humor e no jornalismo brasileiro.
Nani deixa uma esposa, Inez, dois filhos, Juliano e Danilo, uma neta, a Manuela. Segundo a família, ele estava internado há uma semana na capital mineira. E como fazia parte do grupo de risco, desde o início deste ano estava no isolamento em sua cidade natal, no entanto ainda sim, foi infectado pela doença.
Ernani Diniz Lucas era mineiro, de Esmeraldas, e nasceu em 27 de fevereiro de 1951, e aos 20 anos de idade começou sua carreira publicando charges.
Conhecido como Nani, suas obras tiveram destaque na televisão brasileira. Fez parte de "O Pasquim", fez charges na emissora "Globo", "Última Hora" , "O dia" e "Jornal dos Sports". Além desses, escreveu textos para o "Casseta e Planeta", "Sai debaixo" e "Zorra".
Suas tiras ficaram conhecidas por satirizar a situação política e social brasileira em diversas épocas, foi reconhecido por autoridades do humor e por premiações internacionais. Além disso, atuou como roteirista na Escolinha do Professor Raimundo e Chico Total, ao lado de Chico Anysio por 20 anos.
O autor também escreveu vários livros, como o "Batom na cueca" , "É grave, doutor?", "Humor politicamente incorreto", e o "Tem outra palavra na palavra", lançado neste ano.
Ainda não foram divulgadas informações sobre o enterro e velório de Nani.