A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, 30, uma operação policial com objetivo de desarticular um grupo que atua no descaminho de vinhos argentinos, abastecendo depósitos que estão na região de Francisco Beltrão (PR).
Segundo a PF, um casal que é ligado a vinotecas da cidade Argentina, que reside em Barracão (PR), intermediava o fornecimento das cargas, fornecendo a logística para o transporte, inclusive atuando como “batedores”, para outros dois grupos que atuam em Francisco Beltrão (PR).
O investigado tem histórico de envolvimento com a atividade de contrabando de camarão e descaminho de vinhos e, atualmente, está preso em território argentino, em razão da suspeita de prática de um homicídio, decorrente do desaparecimento de um “puxador” (transportador de carga) que trabalhava para ele.
Um dos investigados de Francisco Beltrão já foi preso em flagrante em duas oportunidades em razão de depósitos de vinhos que mantinha em Nova Prata do Iguaçu e no interior de Francisco Beltrão.
Os envolvidos nesta operação são investigados pelo crime de descaminho praticado em associação criminosa, os quais, somando-se as penas máximas, totalizam sete anos de reclusão.
A Polícia Federal (PF) também realizou na ultima terça-feira (23) uma operação no Noroeste do Rio Grande do Sul para desarticular um esquema que contrabandeava vinhos argentinos para todo o Brasil. Cerca de 50 agentes cumpriram oito mandados de busca e apreensão em Tiradentes do Sul e em Três Passos. Os produtos eram enviados para o Estado em embarcações e depois remetidos para todo o país pelos Correios.
A investigação iniciou em maio de 2021 e, desde então, foram identificadas 1,5 mil remessas da mercadoria. Em uma delas, houve intervenção policial e a apreensão de 46 caixas de vinho que haviam sido despachadas através da agência dos Correios de Três Passos. As bebidas vinham da Argentina pelo Rio Uruguai e eram entregues em um porto clandestino em Tiradentes do Sul.
Os policiais federais contaram com apoio da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Receita Federal, Brigada Militar e Polícia Civil. A PF ainda não informou sobre valores comercializados pelo grupo criminoso, mas revelou que são três gaúchos investigados .
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