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8 de janeiro: Lula lidera cerimônia no Planalto e ato na Praça dos Três Poderes

Presidente participa de apresentação de obras restauradas e simboliza defesa da democracia com ato na praça

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O segundo aniversário do ataque golpista às sedes dos Três Poderes, ocorrido em 8 de janeiro de 2023, será marcado por uma cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, e por um ato com a militância de esquerda na Praça dos Três Poderes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participará de uma apresentação das obras de arte restauradas após o episódio de depredação, bem como de uma cerimônia com autoridades no Palácio. Os presidentes dos Poderes e governadores foram convidados para a ocasião.

Após o evento no Planalto, o presidente Lula participará de um abraço simbólico à Praça dos Três Poderes, em um ato organizado pela Frente Brasil Popular, que reúne movimentos sociais. Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), 21 peças de arte do Palácio da Alvorada foram restauradas por especialistas, enquanto o relógio histórico trazido por Dom João VI em 1808 foi consertado na Suíça, sem custo para o Brasil. Além disso, a obra "As Mulatas", de Di Cavalcanti, será apresentada no Planalto.

Ano passado, o evento foi restrito a uma cerimônia com autoridades no Congresso Nacional. Em 2025, a participação da esquerda será mais expressiva. Apesar de convidados, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ainda não confirmaram presença. O evento ocorre a menos de um mês das eleições para o comando do Congresso, com os possíveis sucessores de Lira e Pacheco, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), também convidados.

Na Câmara, tramita um projeto de lei que propõe anistia para os envolvidos nos atos golpistas. Lira havia prometido votar a proposta durante seu mandato, mas a votação não ocorreu. Agora, Hugo Motta enfrenta a pressão de bolsonaristas para avançar com o tema.

Ao final da cerimônia no Planalto, Lula descerá a rampa do Palácio para participar do ato na Praça dos Três Poderes, organizado por partidos de esquerda, como PT, PC do B e PV. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também devem comparecer. Durante uma reunião com ministros, Lula enfatizou a importância da defesa da democracia e expressou satisfação pela prisão do general Walter Braga Netto, como um símbolo contra a impunidade. Braga Netto foi o primeiro general de quatro estrelas a ser preso no contexto da investigação sobre tentativa de golpe nas eleições.

O ministro da Defesa, José Múcio, e os comandantes das três Forças Armadas, presentes no evento de 2024, também estão confirmados para este ano. Múcio, na ocasião, declarou que os militares estavam ali para homenagear a democracia, após enfrentarem pressões para se posicionarem contra o autoritarismo. O termo "militares legalistas" utilizado por Lula em seu discurso de 2024 gerou controvérsias no ambiente militar.

Na ocasião, o presidente ressaltou que "perdão soaria como impunidade" e enfatizou que o ato representava a vitória da democracia sobre o autoritarismo. Ele relembrou a caminhada simbólica do Planalto ao STF, onde parlamentares, governadores, ministros e membros das Forças Armadas se uniram para repudiar os ataques de 2023.

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