Abraham Weintraub é exonerado do Ministério da Educação

Ao desembarcar nos EUA, e se apresentar como ministro, Abraham Weintraub foi exonerado do cargo de chefe do Ministério da Educação. O ato foi publicado no Diário Oficial da União neste sábado (20), em edição extra, assinado pelo presidente da República. O decreto afirma somente que o ministro foi exonerado “a pedido” nesta data.

Seguida da confirmação do irmão de Weintraub no Twitter, que ele já se encontrava em Miami, o Ministério da Educação confirmou a viagem do ex- ministro para os Estados Unidos. Conforme a pasta, a viagem foi feita por meio de avião comercial e em classe econômica.

O ministério da Educação, notificou que apesar das restrições impostas pelos EUA aos brasileiros, por causa da pandemia por Covid-19, Weintraub não foi impedido de entrar e que “comprou a passagem com seus próprios recursos”.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), já havia anunciado a saída de Abraham Weintraub do Ministério da Educação, em vídeo publicado nas redes sociais na tarde desta quinta-feira (18). Sendo o décimo ministro a sair desde o início do governo. Com 14 meses no cargo, acumulando desavenças com reitores, estudantes, parlamentares e até com ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ele foi filmado em reunião interministerial chamando os ministros de “vagabundos” e dizendo que “colocaria todos na cadeia”.

Investigações

Weintraub é investigado pela suposta prática de crime de racismo. Ele publicou em seu Twitter um texto no qual fez uma referência irônica em relação a China. Substituindo a letra ‘r’ pela ‘l’, em alusão ao personagem Cebolinha, da Turma da Mônica.O inquérito foi aberto por determinação do ministro Celso de Mello.

Em documento entregue a Polícia Federal (PF) no entanto o ex- ministro da Educação negou racismo. Segundo ele “não se pode imputar um crime nessas circunstâncias, sob pena de se revogar um princípio e direito maior constitucional, que é a liberdade de expressão”.

*Com informações do Uol.