Em meio a um processo, um advogado fez uma comparação um tanto inusitada, equiparando uma desembargadora a um jumento após a recusa de um pedido de habeas corpus para sua cliente em Goiânia. Curiosamente, meses mais tarde, quando a desembargadora moveu um processo contra o advogado, ele faltou a uma audiência de instrução e julgamento, solicitando o adiamento com a seguinte justificativa: um encontro para atividades íntimas com uma mulher.
O advogado anexou prints de conversa com a mulher com quem marcou encontro, para solicitar o adiamento da sessão:
No pedido de adiamento, o advogado detalhou a necessidade de dedicar o dia e, se tudo ocorresse conforme planejado, a noite para "praticar o coito, vulgarmente conhecido como 'trepada'". Apesar da solicitação, feita no mesmo dia marcado para a audiência (quinta-feira, 23), foi indeferida.
A Seção Goiás da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou que analisará os fatos por meio do Tribunal de Ética e Disciplina (TED), respeitando o sigilo legal de seus procedimentos. O advogado Felipe Crosara, representante da desembargadora e membro da assessoria jurídica da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego), lamentou a situação.
Em resposta, a Asmego repudiou o incidente, iniciando uma representação junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e às OABs estadual e federal. Solicitaram a suspensão do direito de advocacia do referido advogado, buscando que as medidas adequadas sejam adotadas para preservar a integridade do sistema judicial.