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Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
A polícia abriu um inquérito para investigar montagens com nudes de alunas feitas supostamente por estudantes do Colégio Santo Agostinho, no Rio de Janeiro, por meio de inteligência artificial.
Os alunos suspeitos são do 7º e 9 anos, que usaram a ferramenta para remover as roupas das fotos das vítimas que haviam postado nas redes sociais. Com isso, eles teriam realizado as alterações e compartilhado as imagens adulteradas em grupos de um aplicativo de conversa.
De acordo com o delegado Marcus Vinícius Braga, ao menos 20 estudantes ou não, teriam sido expostas com as fotos falsas.
Ele afirmou também que não pode passar detalhes da investigação, pois se trata de um fato que envolve menores de idade. No entanto, disse que a direção do colégio será intimada para prestar depoimento.
Os suspeitos envolvidos no caso podem responder por fato análogo à simulação e participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual.
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) informou que instaurou procedimento para apurar os fatos. Além disso, disse que os envolvidos estão sendo chamados para prestar depoimento, e que segue com diligências para identificar a autoria do crime.
A direção escolar enviou uma nota aos pais e responsáveis, na qual lamenta pelo ocorrido e que "medidas disciplinares aplicadas aos fatos cometidos serão tomadas."
Confira a nota de esclarecimento
"O Colégio Santo Agostinho tomou conhecimento de que fotos alteradas de alguns de nossos alunos foram divulgadas por meio de aplicativos de troca de mensagens.
Como escola, atuamos no âmbito preventivo, promovendo a conscientização de atitudes e valores, a formação em assuntos ligados aos relacionamentos, convivência e violência, e intensificamos os momentos de rotina escolar para o aprendizado de algumas situações e desafios."
