O Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) irão analisar métodos apresentados contra a anulação do júri no caso da Boate Kiss, tragédia que completou oito anos em 2023.
A 2ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul outorgou os recursos mostrados pelo Ministério público Estadual.
Na manhã de terça-feira, 28, 2° Vice-Presidente do TJRS, desembargador Antonio Vinicius Amaro da Silveira, recebeu cinco representantes da Associação dos Familiares e Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM).
Os quatro réus foram condenados em dezembro de 2021 por 242 homicídios com dolo eventual e 636 tentativas tentativas de homicídio.
O sócio da boate, Elissandro Callegaro Spohr, foi condenado a 22 anos e 6 meses de reclusão em regime inicial fechado, o outro sócio, Mauro Londero Hoffmann, a 19 anos e 6 meses de reclusão em regime inicial fechado. Também foram condenados o produtor da banda, Luciano Bonilha Leão, com 18 anos de reclusão em regime inicial fechado e o vocalista da banda, Marcelo de Jesus dos Santos, com 18 anos de reclusão em regime inicial fechado.
Em agosto do ano passado, no entanto, o julgamento foi anulado por dois votos a um na 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, e os quatro réus foram soltos.
Familiares das vítimas pedem por justiça e realizaram uma vigília em frente ao edifício do Tribunal de Justiça, na segunda-feira, 27.
O representante do grupo, Flávio Silva, afirma que a luta segue pela memória dos jovens que morreram naquela noite.
“É uma promessa de pai lutar pela dignidade do nome e da memória dos nossos filhos. Lutamos com o sentimento de amor, é o que nos move”, disse.