Ao menos dez pessoas morreram em um incêndio de grandes proporções em um pensionato no centro de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, na madrugada desta sexta-feira, 26. Outras 16 vítimas foram resgatadas pelo Corpo de Bombeiros (CBMRS) e levadas para hospitais na região. Seis ainda estão em estado grave.
O prédio que pegou fogo durante a madrugada, têm três andares e fica na avenida Farrapos. Nos primeiros momentos as chamas até foram controladas, mas logo em seguida tomou conta do local. Segundo testemunhas era por volta das 5h da manhã quando o fogo se alastrou pelos andares.
A pensão estava irregular e sem alvará ou plano de segurança, e apesar disto, mantinha convênio com o prefeitura de Porto Alegre. Com contratos que passam de R$ 9 milhões. Conforme informações da própria administração municipal, a pensão era credenciada pela Fundação de Assistência Social e Cidadania e venceu licitação para receber pessoas em condição de rua e em extrema vulnerabildide, com diárias e/ou mensalidades pagas pela prefeitura.
No local haviam pelo menos 30 pessoas no momento do incêndio, 16 pessoas ficaram feridas e foram levados para o hospital, oito ainda estão em estado grave. Não há confirmações se entre os mortos e feridos estão beneficiários do programa. O prédio próximo, também, estava ocupado por 30 pessoas, 15 integrantes do programa da prefeitura e precisou ser evacuado, não houveram vítimas nesse segundo prédio.
Ao lado do prédio que estava em chamas, funciona um posto de combustíveis, que teria deixado os moradores e vizinhos ainda mais apreensivos com medo de que ocorresse uma explosão e o incêndio alcançasse outras residências e comércios.
Os corpos das vítimas foram encontradas pelos bombeiros durante a inspeção no local, após o controle das chamas. De acordo com os bombeiros, os corpos estavam carbonizados.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, lamentou as mortes se dizendo profundamente consternado pelas vítimas e familiares.
O Diário da Manhã entrou em contato com a prefeitura de Porto Alegre, mas até o momento não obtivemos resposta, o espaço fica aberto para manifestação.