A investigação que levou às buscas e apreensões na mansão do influenciador fitness Renato Cariani teve origem em depósitos de R$ 212 mil, em dinheiro vivo, em nome da AstraZeneca. O laboratório negou ter realizado os repasses em espécie à Anidrol, empresa da qual o fisiculturista é sócio. Por isso, denunciou o caso à Polícia Federal.
A investigação da Polícia Federal revelou que o esquema era desenvolvido através de emissão fraudulenta de notas fiscais através de empresas que possuíam licença para comercializar produtos químicos na cidade de São Paulo, por meio de um esquema de “laranjas” que realizavam diversos depósitos bancários em dinheiro como se fossem funcionários de empresas multinacionais e vítimas que tinham papel de compradoras.
No curso das investigações, o departamento de inteligência da Polícia Federal conseguiu identificar cerca de 60 transações bancárias frutos de dissimulação e vinculadas à atuação da referida organização criminosa, os produtos comercializados totalizaram em cerca de 12 toneladas de produtos, dentre os produtos estão a fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila.
A combinação dos produtos correspondem a mais de 19 toneladas de cocaína e crack refinadas e prontas para o consumo.