BNDES apoia projetos de arquitetos negros na Pequena África, Rio de Janeiro

BNDES apoia iniciativas afrodescendentes

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou um concurso exclusivo para arquitetos e urbanistas negros, visando transformar a região da Pequena África, no Rio de Janeiro, em um museu a céu aberto. O evento de lançamento ocorreu no Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, com a participação de uma plateia majoritariamente negra.

Concurso e inscrições

O concurso, que aceita inscrições até 18 de abril, busca propostas urbanísticas que integrem cultura, mobilidade e comunicação visual, promovendo a identidade local. Os candidatos passarão por uma banca de heteroidentificação para validar a elegibilidade.

Premiação e avaliação

Os três melhores projetos serão premiados com um total de R$ 300 mil. A seleção será feita por um júri composto por representantes da Prefeitura do Rio de Janeiro, Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Iphan, Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil e o Comitê Gestor do Sítio Arqueológico do Cais do Valongo.

Valorização cultural

A Pequena África, conhecida pela sua rica herança africana, é um ponto turístico importante no Rio. Com locais históricos como o Cais do Valongo e o Quilombo da Pedra do Sal, a região é um símbolo da resistência e cultura negra no Brasil.

Impacto social e futuro

O projeto visa fortalecer a memória e a cultura afro-brasileira, além de promover a inclusão social e econômica. A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, destacou a importância de reparar a herança africana para a democracia, enquanto Anielle Franco anunciou a futura Agenda Nacional de Quilombos.