O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi intimado pela Polícia Federal a prestar depoimento em relação às evidências encontradas na investigação de conspirações golpistas associadas a membros do governo e militares.
O advogado Paulo Cunha Bueno, que representa Bolsonaro, confirmou que o depoimento está previsto para a próxima quinta-feira, 22.
A PF descobriu a gravação de uma reunião, em julho de 2022, em que Bolsonaro sugere que os ministros acionem o "plano B" para evitar que ele fosse derrotado nas urnas.
Na mesma reunião, o então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno, defende que a "mesa" tinha que ser virada logo, antes do resultado das eleições.
No gabinete de Bolsonaro na sede do PL, foi encontrado um documento com conteúdo golpista que anunciaria a decretação de um estado de sítio e a imposição da garantia da lei e da ordem no país.
Aliados do ex-presidente, por sua vez, alegam que ele não diz especificamente que quer o golpe. A defesa do ex-presidente afirma que Jair Bolsonaro “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam".