Brasil

Brasil acolhe ex-primeira-dama do Peru em busca de tratamento médico

Redação DM

Publicado em 18 de abril de 2025 às 18:42 | Atualizado há 2 dias

O Brasil concedeu asilo diplomático à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, e a seu filho de 14 anos, em um movimento que revela não apenas questões humanitárias, mas também a complexidade das relações políticas entre os dois países. Heredia, condenada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro em um caso que envolve a construtora Odebrecht, pediu refúgio no Brasil em meio a um cenário de vulnerabilidade e necessidade de tratamento médico.

Motivos humanitários

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, enfatizou que a decisão de conceder asilo foi motivada por razões humanitárias, uma vez que Heredia enfrenta problemas de saúde significativos e estava acompanhada de um filho menor. Após uma cirurgia na coluna, a ex-primeira-dama estava em recuperação e necessitava de cuidados médicos que não poderiam ser assegurados em seu país de origem.

O governo peruano também demonstrou cooperação ao conceder um salvo-conduto, permitindo que Heredia e seu filho deixassem o país em um avião da Força Aérea Brasileira. Isso mostra uma disposição para resolver a situação de forma pacífica e respeitosa, considerando o histórico recente de tensões entre os dois países.

Futuro incerto

Agora instalados em Brasília, Heredia e seu filho aguardam a análise do Brasil para determinar se receberão a condição de refugiados. O governo brasileiro tem um histórico recente de acolhimento, tendo reconhecido mais de 90 mil pessoas como refugiadas entre 2023 e 2024.

Como parte do processo, a ex-primeira-dama e seu filho receberam registros provisórios pela Polícia Federal, que garantirão sua permanência no Brasil até que uma decisão final seja tomada. Essa situação ainda está em evolução, e a atenção do público internacional estará voltada para como o Brasil lidará com esse caso, especialmente considerando o envolvimento de figuras políticas controversas.

O caso de Nadine Heredia destaca não apenas a fragilidade da política peruana, marcada por prisões de vários ex-presidentes, mas também os desafios da diplomacia humanitária no contexto latino-americano.


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