Brasil enfrenta desafios para alcançar máxima produção de cana-de-açúcar

Embora o Brasil tenha registrado a segunda maior safra de cana-de-açúcar para o ciclo 2024-2025, com 676,96 milhões de toneladas, as condições climáticas adversas têm gerado preocupações sobre o futuro da cultura. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou que a produção caiu 5,1% em relação ao ciclo anterior, devido à combinação de chuvas insuficientes e altas temperaturas.

Desafios climáticos

A produção na Região Centro-Sul, que responde por 91% da produção nacional, foi severamente afetada. Queimadas nos canaviais também contribuíram para a queda, resultando em uma produtividade média de 77.223 quilos por hectare — abaixo das expectativas. O Sudeste, a principal região produtora, colheu 439,6 milhões de toneladas, mostrando uma diminuição de 6,3% em relação ao ano anterior.

Impacto nos subprodutos

As dificuldades enfrentadas na colheita e a queda na produtividade também impactaram a produção de açúcar e etanol. A produção de açúcar caiu 3,4%, enquanto a de etanol aumentou 4,4%, principalmente devido ao crescimento na produção a partir do milho. A Conab destacou que, apesar da redução, a alta nas exportações de açúcar e a relevância crescente do etanol de milho são sinais de um setor que ainda encontra maneiras de se adaptar.

Com esses desafios, os produtores de cana-de-açúcar estão se preparando para um ciclo de novas estratégias que envolvem a adaptação às mudanças climáticas e o uso de tecnologias sustentáveis. O futuro da cana no Brasil dependerá da capacidade de enfrentar esses obstáculos e garantir a competitividade no mercado global.