Um em cada cinco jovens de 15 a 29 anos no Brasil não estudava nem trabalhava em 2022, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo conhecido como "nem-nem" totalizou mais de 10,9 milhões de jovens, representando 22,3% dos brasileiros na faixa etária.
Essa proporção é maior do que a média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é de 13,2%. O Brasil também está na quinta pior colocação entre 41 países analisados pelo relatório anual da OCDE.
A proporção de "nem-nem" vem crescendo no Brasil desde 2016, quando era de 21,3%. Esse aumento pode ser explicado por diversos fatores, como a crise econômica, a falta de oportunidades de emprego e a baixa qualidade da educação.
Os jovens "nem-nem" têm maior risco de pobreza e exclusão social. Eles também são mais propensos a se envolver em atividades criminosas e a ter problemas de saúde.
Análise
Os dados do IBGE mostram que o Brasil ainda enfrenta um desafio importante na inclusão social dos jovens. A proporção de "nem-nem" é alta e vem crescendo nos últimos anos. A pesquisa do IBGE foi realizada com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2022. A PNAD Contínua é uma pesquisa domiciliar que coleta informações sobre a população brasileira, incluindo dados sobre educação, trabalho, renda e habitação.
Os resultados da pesquisa mostram que a proporção de é maior entre os jovens do sexo masculino (25,2%) do que entre as jovens do sexo feminino (19,4%). Também é maior entre os jovens que vivem nas regiões Norte e Nordeste (31,1%) do que nas regiões Sul e Sudeste (19,8%).
A pesquisa também mostra que a proporção de jovens que não estudam e nem trabalham é maior entre os jovens que não concluíram o ensino médio (42,4%) do que entre os jovens que concluíram o ensino médio (15,5%).