O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, negou as acusações de abuso de poder político, apresentadas em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE). A ação, movida pela coligação "Goiânia Acima de Tudo", sugere que reuniões realizadas no Palácio das Esmeraldas configurariam favorecimento político ao candidato Sandro Mabel, o que o governador refuta categoricamente.
Em sua defesa, Caiado destaca que os encontros, ocorridos nos dias 7 e 9 de outubro, foram eventos de caráter institucional, promovidos para estreitar o diálogo entre o Poder Executivo Estadual e vereadores eleitos, bem como discutir soluções para crises urgentes, como o colapso iminente na saúde pública municipal. "O Palácio das Esmeraldas é minha residência oficial, mas também é um espaço legítimo para reuniões de trabalho que visem ao bem da população", argumentou o governador.
A defesa do governador esclarece que os eventos foram restritos, sem presença da imprensa ou qualquer atividade de campanha. De acordo com os registros, a pauta abordou temas administrativos, sem menções eleitorais ou pedidos de voto. Além disso, as reuniões foram documentadas apenas por registros em redes sociais de participantes, reforçando seu caráter privado e institucional.
A alegação de abuso político foi embasada, em parte, por vídeos e publicações em redes sociais, que, segundo a defesa, não demonstram qualquer irregularidade. "Não houve uso do aparato estatal para fins eleitorais. Tudo foi conduzido dentro das prerrogativas do cargo, como recepcionar autoridades e discutir problemas críticos para o Estado", afirmou Caiado.
Especialistas ressaltam que, conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o uso da residência oficial para reuniões é permitido desde que não configure ato público de campanha. A defesa de Caiado menciona precedentes que reforçam a legalidade da prática, como o caso da ex-presidente Dilma Rousseff, que utilizou o Palácio da Alvorada para eventos institucionais durante sua candidatura à reeleição.
Caiado também destacou seu compromisso com a transparência e a responsabilidade. "Sempre agi em conformidade com a lei e com respeito à democracia. Não permitirei que falsas acusações deturpem o trabalho sério que temos feito por Goiás", concluiu.