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Fernando Frazão/Agência Brasil
A mulher que é ré pela morte do prórprio filho, Henry Borel, em março de 2021, Monique Medeiros, teria enviado um áudio a uma amiga no qual expressa vontade de que o ex-marido e pai da criança, Leniel Borel, morresse ou "tivesse um infarto ou câncer".
No áudio, Monique afirma que o acusado "tem ódio puro no coração". “Ele é pior que o MP porque ele só quer vingança. Esse homem, minha filha, é ódio puro no coração dele. Tinha que morrer, infartar, ter um câncer”, diz Monique.
Em outro trecho, Monique diz que não imagina do que seria capaz de fazer caso o encontrasse na rua.
"Amiga, que homem desgraçado, cara. Olha. Meu Deus, se eu encontro ele na rua, não sei o que eu faço não. Juro. Gosto nem de pensar."
Leniel comentou sobre a gravação, afirmando que ela estaria tentando criar uma personagem de mulher agredida e vítima de toda a situação.
"Era muito difícil ver isso todo dia, receber esse tipo de informação dela que de alguma forma estava tentando criar um personagem. Monique vem tentando criar um personagem de mulher agredida, de vítima de violência doméstica e, por último, agora ela vem criando um personagem de que ela sofria comigo a mesma coisa que ela sofria com o Jairo, que ela era uma vítima e não a pessoa que causou tudo aquilo."
Presa novamente
Monique deixou a 16ªDP da Barra da Tijuca e foi levada para o Presídio de Benfica na tarde de quinta-feira, 6. Nesta sexta-feira, 7, ela passará por uma audiência de custódia e, após sair de Benfica, será encaminhada para o Instituto Penal Santo Expedito onde já esteve detida anteriormente.
A prisão foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, apór avaliação de um recurso de Leniel Borel. Segundo a decisão, Monique teria exercido coação sobre uma testemunha e estaria violando as medidas cautelares adversas pela Justiça, ao utilizar redes sociais.
Henry morreu em 8 de março de 2021 devido a lesões múltiplas em seu corpo, incluindo laceração hepática, consequências de ação contundente. O crime ocorreu no apartamento onde sua mãe e seu padrasto, Jairinho, moravam na Barra da Tijuca. Henry foi levado ao hospital por eles, mas chegou já sem vida, de acordo com os médicos.
O que diz a defesa
A defesa de Monique Medeiros declarou que respeita a decisão de Gilmar Mendes, porém, afirma que apresentará elucidações, pois acredita que a decisão foi baseada em uma suposta violação de uma medida cautelar inexistente.
O advogado Hugo Novais afirmou que Monique não fez uso das redes sociais enquanto estava impredida de fazê-lo e que ela não ameaçou qualquer testemunha durante o período em que esteve em prisão domiciliar. O advogado indicou que esses eventos já foram devidamente esclarecidos anteriormente e classificaram tais alegações como notícias falsas.
