As chuvas que já mataram ao menos 29 pessoas, romperam uma barragem e colocaram várias outras em risco de colapso, além de danificarem estradas, vão se prolongar, indica o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
O balanço divulgado pelo Governo do Rio Grande do Sul no início da noite de quinta-feira, 2, contabilizava que 154 municípios foram afetados de alguma forma pelas chuvas, resultando em 71,3 mil indivíduos impactados. Há 4.645 pessoas em abrigos e o número de desalojados é de 10.242.
Até o momento, há 36 pessoas feridas, 60 desaparecidas e 29 mortes registradas. A cidade com mais óbitos é Gramado, com quatro registros. Os 18 demais municípios têm duas ou uma morte. Já as localidades com mais desaparecidos são Marques de Souza (13), Roca Sales (10) e Candelária (8).
Na quinta-feira, o governo federal declarou estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul. Em publicação extra do Diário Oficial da União, a portaria consolidou o entendimento. A medida simplifica ao governo do estado buscar ajuda federal.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), esteve entre a manhã e o início da tarde de quinta-feira, 2, no RS. Lula disse que o apoio financeiro à população afetada será garantido.
“A gente não vai permitir, como não permitimos no Vale do Taquari, como não permitimos quando houve a seca aqui no Rio Grande do Sul, que faltem recursos para que a gente possa reparar os danos causados”, afirmou Lula.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, anunciou que o Poder Judiciário fará a destinação de verbas para auxiliar as vítimas das fortes chuvas.