Conectividade aprimorada nas comunidades indígenas até 2026
Redação DM
Publicado em 19 de abril de 2025 às 19:51 | Atualizado há 18 horas
O governo brasileiro anunciou a ambiciosa meta de interconectar todas as unidades de saúde indígena até o final de 2026. Essa estratégia visa garantir que os povos originários tenham acesso à internet de qualidade, essencial para a modernização dos serviços de saúde nas aldeias.
O secretário nacional de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, destacou a importância dessa conectividade não apenas para a comunicação, mas também para a implementação de serviços de telessaúde. Isso permitirá que os indígenas acessem especialistas sem a necessidade de deslocamentos longos, evitando assim a remoção de pacientes de seus territórios.
Telessaúde e acessibilidade
A telessaúde é uma ferramenta fundamental para melhorar a assistência médica nas comunidades. Com a expansão da conectividade, mais de 700 pontos de acesso já estão em operação, permitindo consultas à distância em diversas especialidades. Essa iniciativa já beneficia cerca de 781 mil indígenas, conforme estimativas do Ministério da Saúde.
Atualmente, 19 dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas já utilizam o serviço, que facilita a realização de exames e consultas sem a necessidade de deslocamento. Essa nova abordagem visa não apenas melhorar a saúde, mas também reter profissionais de saúde nas comunidades, que muitas vezes enfrentam desafios de logística e isolamento.
Desafios e investimentos
Apesar do avanço, Weibe Tapeba reconheceu que a saúde indígena ainda enfrenta desafios significativos. Com um orçamento federal aumentado para cerca de R$ 3 bilhões, o foco é atender a demanda reprimida e melhorar a infraestrutura, especialmente no que diz respeito ao saneamento básico, onde 60% dos territórios ainda não têm acesso à água potável.
A meta de conectividade é um passo crucial para garantir que as unidades de saúde não sejam apenas pontos de atendimento, mas centros integrados de informações e serviços que respeitem a cultura e as necessidades específicas dos povos indígenas. O governo está empenhado em encontrar soluções inovadoras para a gestão da saúde nesses locais, buscando parcerias com universidades e outras instituições.