Uma criança, de apenas um ano, foi encontrada trancada em uma sala escura e com baratas em uma creche pela mãe, Patrícia Rocha, na segunda-feira, 6, no Paranoá (Distrito Federal).
Segundo o pai da criança, Davi Nascimento, o filho estava na segunda semana de adaptação na creche Educa Mais. Ele explica que a criança foi matriculada para que ele pudesse fazer estágio em enfermagem, curso em que estuda. Porém, após o ocorrido, ele perdeu a vaga e precisou voltar a cuidar da criança.
Ele conta que Patrícia chegou à creche às 19h para buscar seu filho e o encontrou sozinho, trancado em uma sala escura cheia de baratas. Vizinhos, preocupados com os choros da criança desde as 18h30, decidiram arrombar a porta. Patrícia gravou a cena enquanto narrava a situação, visivelmente emocionada.
A creche Educa Mais declarou, em nota, que a criança não ficou sozinha por mais de cinco minutos e que a direção agiu rapidamente, arrombando as sombras e garantindo que a criança não sofresse ferimentos
“No episódio em questão, a criança encontrava-se desacompanhada por aproximadamente cinco minutos em um espaço sem que tenha sido notada a sua ausência pelos nossos funcionários. Assim que tivemos conhecimento desse ocorrido, a direção agiu com prontidão, ordenando imediatamente que os portões fossem arrombados e que a criança fosse amparada, felizmente, sem qualquer ferimento”, informou a creche.
“Contudo, lamentavelmente, o pai da criança, mesmo após a resolução pacífica desse incidente, invadiu as dependências da escola de forma agressiva, provocando danos materiais e proferindo ameaças à integridade física de nossos funcionários e familiares. Ressaltamos que estas ameaças já foram formalmente denunciadas às autoridades competentes, e a apuração dos fatos está sob segredo de justiça, devido à sensibilidade do caso, especialmente por envolver menor de idade”, continuou.
Davi e sua família planejam entrar com uma ação judicial contra a creche, acusando-a de falso testemunho e devido ao incidente. Ele informou que já possui mais de 10 testemunhas e marcou um encontro com um defensor público, e já registrou um boletim de ocorrência na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).