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Sete ônibus foram sequestrados e usados como barricadas para impedir uma operação do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) na comunidade da Tijuquinha, na Estrada do Itanhangá conhecida por ser um ponto de intenso tráfico de drogas, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, 16. Segundo a polícia, membros da facção que controla a região obrigaram os passageiros a descer dos ônibus e atravessaram os veículos na via, criando um bloqueio que dificultou a atuação do BOPE.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) identificou que a estratégia utilizada pelos suspeitos visava desviar a atenção das autoridades do local em que estavam atuando, criando uma verdadeira "cortina de fumaça". De acordo com os oficiais, essa tática resulta em desordem e caos, prejudicando especialmente cidadãos inocentes. A interdição da Estrada do Itanhangá provocou um grande engarrafamento, com ônibus e veículos tentando encontrar rotas alternativas para escapar do bloqueio imposto pela facção.
Em resposta à situação, a empresa Rio Ônibus informou que várias linhas de coletivos na área estão tendo seus itinerários alterados. A prática de sequestrar ônibus para criar barricadas é uma tática conhecida utilizada pelo crime organizado nas comunidades do Rio de Janeiro, com a Polícia Civil identificando a existência de "gerentes de barricadas", responsáveis por instalar bloqueios e dificultar o acesso das autoridades.
Nos últimos doze meses, aproximadamente 130 ônibus foram utilizados como barricadas em diferentes comunidades da cidade, e o sindicato das viações reportou que 32 coletivos foram incendiados entre agosto do ano passado e agosto deste ano. Em um incidente anterior, criminosos também utilizaram ônibus e caminhões como bloqueios durante operações policiais no Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio, destacando o crescente desafio enfrentado pelas forças de segurança na região.
