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Delação expõe suposto mandante do crime

Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, usou as redes sociais nesta terça-feira (23) para dizer que família aguarda comunicados e resultados oficiais

Imagem ilustrativa da imagem Delação expõe suposto mandante do crime

Após divulgação da imprensa nacional da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, o site Intercept Brasil trouxe ontem que o acusado de matar Marielle Franco e Anderson Gomes, teria afirmado que Domingos Inácio Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, seria um dos mandantes do crime.

Ronnie Lessa foi preso em março de 2019, condenado em julho de 2021 por destruir provas sobre o caso Marielle Franco. Delação feita à Polícia Federal, corre em segredo de justiça, e precisa ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), já que o conselheiro tem foro privilegiado.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Maireille, usou ontem as redes sociais para dizer que sua família aguarda comunicados e resultados oficiais sobre as investigações do assassinato de sua irmã e do motorista Anderson Gomes.

“Recebi as últimas notícias relacionadas ao caso Marielle e Anderson e reafirmo o que dizemos desde que a tiraram de nós: não descansaremos enquanto não houver justiça”, escreveu.

A ministra se refere a publicações da imprensa nesta semana que afirmam que o ex-policial militar Ronnie Lessa teria aceito acordo de delação premiada com a Polícia Federal e fornecido informações que apontam o mandante do crime.

O assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completa seis anos no dia 14 de março, e, com a entrada da Polícia Federal nas investigações, em 2023, houve alguns avanços, como a delação premiada do ex-PM Élcio Queiroz, que dirigia o carro usado no crime. Em julho do ano passado, agentes da PF que participavam das investigações informaram que, na delação, Queiroz apontou o também ex-policial militar Ronnie Lessa como o autor dos assassinatos de Marielle e Anderson.

Agora, matérias da imprensa relatam que depois de negociações desde o ano passado, Lessa também aceitou fazer revelações sobre o crime em delação premiada à Polícia Federal. Em resposta à Agência Brasil, a coordenação de comunicação social da PF no Rio de Janeiro informou que não poderia dar detalhes sobre as investigações em andamento.

Na publicação em seus perfis no Instagram e no X, a ministra da Igualdade Racial lembrou que são quase seis anos da maior dor que sua família sentiu.

“A resposta sobre esse crime - quem mandou matar Marielle e Anderson e o porquê – é um dever do Estado brasileiro”, concluiu.

Monica Benício

A viúva de Marielle Franco, a vereadora Monica Benício, também se pronunciou sobre as informações que circulam na imprensa sobre uma possível delação premiada que levaria ao mandante dos assassinatos. Ela afirmou ver essa possibilidade com esperança, mas sem “otimismo exacerbado”.

Monica Benício diz ter sentido uma renovação de esperança a partir do comprometimento do atual Governo Federal com a resolução do caso, e com a entrada da Polícia Federal nas investigações.

“Durante o ano de 2023, passos importantes foram dados, como a delação de Elcio Queiroz e a prisão de Maxwell Simões, acusados de participação no planejamento da execução de Marielle e Anderson”, avaliou. “Confio na luta por justiça para Marielle e Anderson e, essa vitória chegará com o apoio e empenho de todos aqueles que se guiam por valores democráticos”.

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