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Deputado acusado de chefiar milícia é alvo de operação

Além dele, a esposa e o filho também estão envolvidos no grupo miliciano e foram presos

Binho Galinha, investigado por chefiar milícia. (Foto: Assembleia Legislativa da Bahia) Binho Galinha, investigado por chefiar milícia. (Foto: Assembleia Legislativa da Bahia)

O deputado estadual da Bahia, Kléber Escolano (Patriota), apelidado de Binho Galinha, é investigado pela Polícia Federal. Ele é suspeito de envolvimento com um grupo miliciano ativo em Feira de Santana (BA). Binho está entre os principais investigados na Operação El Patron, que começou na manhã de quinta-feira, 7.

Policiais federais executaram ordens de busca e apreensão em locais associados ao político, que teve suas contas financeiras congeladas por determinação do judiciário da Bahia.

De acordo com informações da Polícia Federal, a organização opera no estilo de uma milícia, envolvendo-se na exploração do jogo do bicho e em atividades de agiotagem. Além disso, o grupo é acusado de utilizar ameaças de morte para cobrança de dívidas e de comercializar peças de automóveis roubados.

Binho afimrou ao portal UOL, que vai "esclarecer tudo à Justiça, no momento próprio" e que está "à disposição das autoridades".

A Polícia Federal informou que a esposa e o filho de Binho também faziam parte do grupo miliciano.

De acordo com o Ministério Público, Mayana Cerqueira da Silva, esposa de Binho Galinha, foi presa nesta quinta-feira, 7. O MP aponta que ela estava envolvida na movimentação financeira da venda de peças de veículos roubados e na lavagem de dinheiro, utilizando uma empresa para essas atividades.

A decisão judicial afirma que o filho do casal, João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, que também foi preso, como "alguém com um papel quase experimental na organização, aparentemente em fase de aprendizado das atividades ilícitas da família, envolvendo-se com armas de fogo, jogo do bicho e lavagem de dinheiro".

Um funcionário do gabinete de Binho Galinha na Assembleia Legislativa da Bahia está sob investigação por envolvimento na lavagem de dinheiro. A segurança da milícia ligada a Binho Galinha era assegurada por policiais civis e militares, que também participavam na cobrança de dívidas.

Confira a nota enviada por Binho Galinha na íntegra:

"Tendo em vista as denúncias feitas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e que a pedido da Justiça estão sendo apuradas, com ações no dia de hoje (07) pela Policia Federal, Receita Federal, e o próprio MPE em Feira de Santana e região, o deputado estadual Binho Galinha vem a público esclarecer que está a inteira disposição da Justiça da Bahia, e que tudo será esclarecido no momento próprio. Mantemos nossas atividades pessoais e legislativas sem alteração. Confio na Justiça e estou à disposição para dirimir dúvidas e contribuir quanto a transparência dos fatos. No mais dizer que nosso jurídico está tomando as devidas providências para junto a Justiça prestar os esclarecimentos".

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