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A ocupação do campus Maracanã da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) por alunos que protestam contra mudanças nas regras para concessão de bolsas e auxílios estudantis, resultou em tensão e tumulto nesta sexta-feira, 20.
A Polícia Militar (PMRJ), foi chamada e enviou 20 equipes do Batalhão de Choque ao local para atuar na parte externa do campus. No entanto, durante a reitegração de posse, houve confrontos envolvendo alunos e políciais que usaram bombas de efeito moral, spray de pimenta. Segundo informações do local, quatro pessoas foram presas, três alunos e o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), que estava na ocupação com os alunos.
Na útima quinta-feira, 19, a tentativa de desocupação por seguranças patrimoniais, em cumprimento a uma ordem judicial, desencadeou uma série de confrontos por todo o campus. Houve relatos de um estudante arrastado, invasões a diferentes áreas e conflitos generalizados entre manifestantes e seguranças.
A decisão judicial havia determinado que os estudantes poderiam realizar suas manifestações apenas no hall de entrada da reitoria. No entanto, os ocupantes se negaram a liberar outros espaços e entradas alternativas, o que gerou um impasse e, posteriormente, confrontos.
De acordo com relatos, os estudantes utilizaram pedaços de madeira, canos e até mesmo armas brancas para resistir à desobstrução. A violência dos atos levou a universidade a recuar e comunicar à justiça a ocorrência de tais incidentes.
Diante da gravidade da situação, a administração da UERJ decidiu suspender as atividades no campus Maracanã nesta sexta-feira, 20. O clima de tensão permanece elevado e a universidade disse que acompanha de perto a evolução da situação, buscando uma solução pacífica para o impasse.
