Desafios da nova isenção do Imposto de Renda: o impacto da compensação fiscal
Redação DM
Publicado em 22 de março de 2025 às 01:00 | Atualizado há 1 mês
Compensação fiscal: o cerne da questão
O recente anúncio do governo brasileiro sobre a isenção do Imposto de Renda (IR) para indivíduos que ganham até R$ 5 mil mensais promete trazer benefícios a mais de dez milhões de brasileiros. No entanto, este é apenas o início de um debate que deverá se aprofundar no Congresso Nacional. O ponto crucial não é a isenção em si, mas sim a forma como será compensada a perda de arrecadação estimada em R$ 25,8 bilhões.
A busca pela equidade na arrecadação
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o ponto de maior discussão será a compensação dessa isenção, que deverá vir por meio da taxação de aproximadamente 141,3 mil indivíduos que possuem rendimentos mensais acima de R$ 50 mil. Essa faixa corresponde a 0,13% dos contribuintes do país. “A dificuldade é fazer quem não paga pagar para compensar”, afirmou Haddad, enfatizando a complexidade do desafio.
Participação democrática e debates no Congresso
Haddad acredita que o debate acirrado no Congresso será benéfico para a sociedade, permitindo uma discussão ampla e democrática. “Vamos ter alguns meses de debate, o que é ótimo. Quanto mais se debater, quanto mais a sociedade estiver envolvida, melhor”, declarou. A expectativa é que, dada a popularidade da medida, será difícil para os parlamentares se oporem à isenção.
Impactos sociais e econômicos
Se aprovado, o projeto será implementado a partir de 2026, e muitos veem a medida como um impulso econômico equivalente a um “14º salário” para os beneficiados. Este movimento faz parte de uma tentativa maior de reformar o sistema tributário brasileiro, tornando-o mais justo e progressivo.