Mãe do menino de 11 anos que tem Transtorno do Espectro Autista, desconfiou que algo estava errado, pois o menino não queria mais ir para a escola, vivia escondendo materiais escolares. No horário de ir para a escola o menino se mordia, tentando se ferir para não ir à aula. A família notou regressão na aprendizagem da criança.
A mãe então, decidiu gravar desde o transporte escolar, até a volta para a casa. Foi revelado o comportamento abusivo não só com o filho dela, mas com os 4 alunos da classe, da professora Samantha Cristine Soares Gurgel, de 43 anos.
No áudio, a professora questiona o aluno autista, "ta morto? mexe a boca pra falar", o aluno que tem dificuldade de comunicação, também é perceptível o choro das outras crianças no fundo. Ouve-se também, a professora dizendo para eles pararem com "essa loucura". A turma tinha duas professoras responsáveis.
“Na gravação, ficavam as duas professoras conversando, e até coisas impróprias para a criança, e quando uma faz alguma coisa, elas gritam”, detalha a mãe, que tem mais de 15 horas gravadas. “Elas tratam as crianças como se fossem cadeiras”, relata a mãe.
Após juntar essas gravações, a mãe do menino registrou um boletim de ocorrência na polícia civil, contra a professora, por maus-tratos. Um registro ao Conselho Tutelar e um diretamente ao gabinete da secretaria da Educação.
Antes de acionar os órgãos de investigação, e a própria Secretaria de Educação do DF (SEEDF), a família procurou a diretoria da escola, que alegou que a instituição não “poderia fazer nada”. A diretora relatou que a professora registrou um boletim e pegou um atestado, alegando problemas de saúde.
Na delegacia, a professora diz ter mantido o melhor nível com os alunos, que é servidora concursada e trabalha com alunos especiais há 4 anos.