Em uma reviravolta, Carlos Edmilson da Silva, um jardineiro que passou 12 anos preso após ser condenado a 137 anos por uma série de estupros, foi finalmente inocentado. Exames de DNA comprovaram sua inocência e revelaram o verdadeiro culpado, José Reginaldo dos Santos.
Em 2012, Carlos, então com 24 anos, foi acusado de estuprar 10 mulheres em Barueri e Osasco, na Grande São Paulo. Reconhecido por uma fotografia, ele foi condenado a mais de um século de prisão.
Ao longo dos anos, Carlos sempre clamou por sua inocência. No entanto, durante o julgamento, sua defesa não teve acesso à análise de DNA que poderia comprovar sua versão.
A reviravolta veio com a ajuda do Innocence Project Brasil, uma organização sem fins lucrativos que atua em casos de erros judiciais. Através da ONG, Carlos finalmente teve a oportunidade de realizar o exame de DNA, que não apenas o inocentou, mas também identificou o verdadeiro culpado: José Reginaldo dos Santos, de 34 anos, já preso por roubo.
A investigação revelou que o DNA de Reginaldo coincidia com o material genético encontrado em pelo menos quatro das vítimas.
A advogada de Carlos, destacou a importância da análise de DNA em casos de crimes sexuais. Segundo ela, dos 10 casos que o Innocence Project Brasil já atuou, apenas cinco tinham material genético disponível das vítimas, o que possibilitou a realização do exame.