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Escândalo no Habbo Hotel: crime, perseguição e impunidade em um jogo virtual

Vítimas de crimes virtuais buscam justiça em meio à indiferença da plataforma Habbo Hotel

Foto: Reprodução/Habbo Hotel Foto: Reprodução/Habbo Hotel

Uma série de preocupações desde 11 de novembro de 2022, o jogo Habbo Hotel vem enfrentando um inquérito policial por Incitação ao Crime relacionadas ao jogo Habbo, e também trazida à luz após denúncias feitas por usuários ao programa Criança e Consumo, do Instituto Alana, entre março e julho de 2023.

Os relatos incluem perseguições, ameaças de violência, vazamento de imagens íntimas, divulgação de dados pessoais, discursos de ódio, aliciamento sexual de crianças e adolescentes e outras condutas criminosas. Em resposta a essas denúncias, a 15ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude da Capital, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), abriu um procedimento preliminar de investigação e, posteriormente, um inquérito civil para apurar as denúncias envolvendo a plataforma.

Escândalo no Habbo Hotel: crime, perseguição e impunidade em um jogo virtual
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Os relatos das vítimas, protegidas por pseudônimos, são assustadores. Uma denunciante de São Paulo, após iniciar uma medida protetiva, viu-se alvo de uma onda de ataques orquestrados. Robôs dentro do jogo foram utilizados para incitar crimes, enquanto a perseguição se espalhou para plataformas como Twitter, Twitch, YouTube e até mesmo um site adulto. Nesta terça-feira, 29, a denunciante relatou receber um áudio no WhatsApp, dizendo que 'iriam cortar sua barriga', além de já ter recebido inúmeras ameaças de morte,e mesmo afastando-se do jogo, nada cessou os ataques vividos há quase um ano.

A investigação, até agora, está restrita ao Ministério Público de São Paulo. No entanto, jogadores de outras regiões, como o Rio Grande do Norte, relatam eventos perturbadores e ameaçadores, sem receber uma resposta adequada. Fotos e informações pessoais são divulgadas, difamações são disseminadas, e as plataformas, incluindo o Discord, tornam-se veículos para esses ataques cruéis, mesmo após denúncias. Até o momento, não teve uma resposta das autoridades.

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Os crimes abrangem uma vasta gama de atrocidades, desde perseguições implacáveis contra usuários até a criação de quartos com nomes inapropriados, propagação de falas criminosas, organização de eventos de quartos que violam a integridade e a segurança, e uma série de outras condutas condenáveis.

Jogadores pedem segurança online

Diante da desolação vivida pelos jogadores do Habbo Hotel, a plataforma ainda não respondeu de forma adequada às graves acusações. Após a denúncia do programa Criança e Consumo, a empresa responsável pelo Habbo foi instada a fornecer informações sobre as condutas criminosas em sua plataforma. No entanto, a resposta foi evasiva, com alegações de que não é responsável pela representação legal no Brasil.

A Sulake, empresa por trás do Habbo, afirmou utilizar inteligência artificial na moderação desde 2015, alegando que um filtro de palavras é empregado para bloquear termos relacionados a discursos de ódio. No entanto, as vítimas questionam a eficácia desse sistema diante da complexidade dos crimes cometidos. O Habbo também afirma contar com um monitor de linhas de chat para identificar mensagens suspeitas, mas os relatos sugerem que estas medidas são insuficientes diante da gravidade dos incidentes.

Escândalo no Habbo Hotel: crime, perseguição e impunidade em um jogo virtual
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Anteriormente, o Habbo Hotel contava com um programa de 'Ajudantes', cuja função era zelar pela segurança e moderação do ambiente virtual. No entanto, sem motivo aparente, o programa foi cancelado, deixando os usuários desprotegidos e expostos aos abusos. Atualmente, jogadores chamados de 'Embaixadores' assumem parte desse papel, mas a ausência de um suporte oficial da empresa deixa a comunidade virtual em um estado de vulnerabilidade alarmante.

A moderação dos Tickets, realizada por Inteligência Artificial, é outra fonte de preocupação. Apesar de sua implementação ao longo do tempo, relatos recentes indicam que a moderação humana é demorada, levando até 20 dias para responder ou, em alguns casos, fechando os tickets sem nenhuma resposta. Essa demora contribui para a sensação de impunidade e desamparo entre os jogadores que buscam ajuda.


		Escândalo no Habbo Hotel: crime, perseguição e impunidade em um jogo virtual
Pedidos de suporte ficam até 20 dias sem respostas (Foto/Sreenshot/Habbo).


Nota

O Diário da Manhã entrou em contato com o Habbo Hotel e Sulake Oy, mas até o fechamento desta matéria, não houve resposta. Diante da gravidade das denúncias e da necessidade de um posicionamento claro, o Diário da Manhã reitera seu compromisso com a transparência e a justiça. Estamos abertos para que a Sulake e Azerion, responsáveis pelo Habbo Hotel, possam se manifestar sobre as acusações e fornecer esclarecimentos em relação aos eventos mencionados nesta matéria.

*Com informações do Criança e Consumo e Instituto Alana

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