Descoberto por um ex-funcionário do aeroporto de Guarulhos, o esquema de mendicância de Marcelo chamou a atenção de pessoas que frequentam o aeroporto. A cada dia, o homem escolhe e aluga uma “esposa” diferente, que sempre está acompanhada de uma criança.
Ao menos 20 pessoas compõem o esquema. Os integrantes do esquema se revezam em turnos de 12 horas, a fim de manter o negócio ilícito funcionando dia e noite “Fico sentado e passam mil pedintes. Sou capaz de falar o horário de cada um. Vou ser bem honesto, isso aqui, uma vez falei com a assistente social, é uma máfia.” relata uma testemunha.
Para conseguir o dinheiro, os golpistas simulam que são pais de famílias passando por uma situação de necessidade ou que perderam o voo, em seguida, pedem ajuda financeira para reagendar a viagem. Os golpistas escolhem o terminal 3, que é reservado para voos internacionais, é onde concentram os estrangeiros.
Com a presença de crianças alugadas durante abordagens, as vítimas se sentem sensibilizadas e acabam ajudando, mas na verdade estão sendo roubadas. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo afirmou que a 3ª Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur) apura a denúncia feita.
O Conselho Tutelar de Guarulhos afirmou que o colegiado de Cumbica, região onde fica o aeroporto, não recebeu denúncias sobre violações dos direitos das crianças usadas por adultos que pedem esmolas.