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Ex-policial que matou tesoureiro do PT por motivação política irá a júri popular no dia 11

Júri popular decidirá o destino de Jorge Guaranho, acusado de matar Marcelo Arruda por motivação política durante festa em Foz do Iguaçu.

Ex-policial que matou tesoureiro do PT por motivação política irá a júri popular no dia 11

O ex-agente penal Jorge José Guaranho será julgado no próximo dia 11 de fevereiro no Tribunal do Júri de Curitiba pelo assassinato do tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu (PR), Marcelo Arruda. O crime ocorreu em 9 de julho de 2022, durante a festa de aniversário da vítima, que homenageava o Partido dos Trabalhadores e o então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva.

O julgamento do ex-policial penal Jorge Guaranho, acusado de assassinar seu vizinho, apoiador do PT, em 2022, em Foz do Iguaçu (PR), está agendado para os dias 11, 12 e 13 de fevereiro de 2025.

Guaranho responde por homicídio duplamente qualificado, com as agravantes de motivo fútil e perigo comum. A expectativa da acusação e da família da vítima é de que o réu seja condenado à pena máxima de 30 anos de prisão, com o reconhecimento da motivação política do crime.

A festa de Marcelo Arruda foi invadida pelo réu, que, mesmo sem conhecer a vítima ou seus convidados, teria proferido ameaças e exaltado Jair Bolsonaro antes de deixar o local. Minutos depois, Guaranho retornou armado e disparou várias vezes contra Arruda, que chegou a revidar, mas não resistiu aos ferimentos.

O caso gerou repercussão nacional e internacional, intensificando o debate sobre a escalada da violência política no Brasil. A data do crime foi instituída como Dia de Luta contra a Intolerância Política nos calendários oficiais do Paraná e do Distrito Federal.

Inicialmente, o julgamento ocorreria em Foz do Iguaçu, mas foi transferido para Curitiba após pedido da defesa do réu. A sessão será conduzida pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri da capital paranaense. A acusação será representada pelas promotoras de Justiça Roberta Franco Massa e Ticiane Louise Santana Pereira, especialistas em crimes dolosos contra a vida.

O julgamento pode se estender por mais de um dia e deve contar com manifestações de familiares da vítima e movimentos sociais.

O assassinato de Marcelo Arruda expôs a gravidade da violência motivada por divergências políticas no país. O Ministério Público do Paraná destacou, na denúncia, que Guaranho agiu movido por intolerância, reforçada por análises periciais que indicaram ofensas e ameaças proferidas pelo réu no momento do ataque.

Em março de 2023, Guaranho foi exonerado do cargo de agente penal por decisão do então ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. O réu permaneceu preso até setembro de 2024, quando conseguiu converter sua pena para prisão domiciliar com monitoramento eletrônico.

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