Uma freira de 54 anos foi indiciada pela morte de 10 idosos que moravam em uma casa de repouso, em Divinópolis (MG). A Polícia Civil apresentou um inquérito que apurava casos de tortura nesta quarta-feira, 18.
As investigações tiveram início em abril do ano passado, quando houve denúncia de maus-tratos contra 81 internos, com relatos de idosos amordaçados, com banhos coletivos e gelados, o local foi interditado pela Vigilância Sanitrária do município.
Além dessas irregularidades, a Vigilância Sanitária encontrou pacotes de fraldas descartáveis e medicamentos armazenados de forma inadequada e superlotação na enfermaria. A perícia médica constatou maus-tratos nos idosos, que apresentavam lesões pelo corpo. Havia também ameaças de castigos e violência psicológica.
A delegada responsável pelo caso afirmou que "a freira responsável pelo cuidado aos internos determinava a omissão ou inserção de informações falsas dos internos nos prontuários médicos. Desse modo, alguns enfermos sofriam por horas, dias, até evoluir a óbito.
A freira pode responder por vários crimes, dentre eles a infração de medida sanitária preventiva, cárcere privado, exercício ilegal da medicina, curandeirismo, falsidade ideológica, tortura, maus-tratos, falsidade ideológica e homicídio omissivo impróprio.
Além da freira, sete técnicos e auxiliares de enfermagem foram indiciados pelos crimes de maus-tratos, cárcere privado e tortura, que foi atribuído a mais seis funcionários do local.