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Gastos com acidentes prejudicam gestão pública

O Brasil apresenta 4.187.002 acidentes de janeiro de 2018 a agosto de 2022, segundo dados do IBGE

Os acidentes de transporte urbano constituem grave problema de saúde pública. Considerado um peso para o erário público. Ou seja, o contribuinte. Numa população de 214.322. 265, o Brasil apresenta 4.187.002 acidentes de janeiro de 2018 a agosto de 2022, segundo dados do IBGE. A frota, segundo o Renavan, compunha de 114.031.578 veículos. Nesse período 5.586.708 veículos foram envolvidos. Os feridos ou ilesos somara, 6.434.272 e mortos 108.506.

O estudo mostra que a sociedade brasileira perde cerca de R$ 50 bilhões por ano com os acidentes de trânsito, onde se destacam os custos relativos à perda de produção das vítimas e também as despesas hospitalares. A Abraciclo, por exemplo, levantou as operações perigosas dos motociclistas, bastante repudiados pelos seus movimentos perigosos no trânsito.

Em Goiás, 7.278.418 habitantes, conforme o IBGE, também nesse período, detinha uma frota de 4.504.448 veículos, segundo o Renavan, e uma frota ativa de 3.121.933, conforme o Renainf. O número de acidentes totalizou 415.466, envolvendo 611.153 veículos. Feridos ou ilesos somaram 580.131 pessoas enquanto os mortos chegaram a 4.707.

No País como um todo, o envolvimento de automóveis nos acidentes foi da ordem de 31, 95%, não informado, 31,52%; motos, 17,49%; caminhoneta, 5,75%; bicicletas, 5,27%; motoneta, 4,73%; caminhão, 1,88%; e ciclomotor, 1,00%.

Na região Centro-Oeste, a Abraciclo chama a atenção para os prejuízos de motocicletas, num total de R$10.159.539,00. O total gasto com vítimas de trânsito correspondeu a R$ 17.301.477,00. Em Goiás, o envolvimento de motos em acidentes foi de 15,55%. Os gastos com a saúde são estimados em R$7.000.000,00.

Estudos da Abraciclo

A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e similares publicou um estudo para chegar até a raiz do problema: Afinal, o que causa tanto acidente com motociclistas? Foram coletados, durante três meses, dados de 326 vítimas, e as conclusões foram bem expressivas.

O que mais impressiona são as estatísticas sobre o uso de motocicletas sem a posse de habilitação, pois 57 vítimas dentre as pesquisadas não eram habilitadas. Quando o assunto é lesões, internações e óbitos, este grupo sofre com 67% de lesões graves. O estudo relaciona essas lesões e fraturas, não apenas à inexperiência do motociclista, mas também ao baixo índice de uso de vestuário adequado (jaqueta, botas e capacete). Álcool e pilotagem: combinação que pode ser fatal, mostra o estudo.

Outro dado interessante mostra o uso de drogas e álcool. O número é, no mínimo, preocupante, já que 21,5% dos pesquisados estavam sob efeito de substâncias psicoativas – 7% denotaram alcoolemia positiva, e 14% sob efeito de drogas ilícitas. 3,6% passaram mais de três vezes o limite de alcoólico de 0,6g/l de sangue.

O principal acidente, acusado pelo estudo, é a colisão lateral contra carros. A culpabilidade é neutra, mas o índice de imprudência é alto dos dois lados: Tanto de motociclistas como de motoristas. Maioria dos acidentes é colisão lateral. Os motoqueiros, tão utilizados como “cabo eleitoral” pelo ex-presidente em suas motociatas, são acusados pelos motoristas de provocarem perigos constantes nas vias urbanas. Os motociclistas procuram justificar a pressa na entrega, mas se expõem aos riscos de acidentes e em consequência os custos à sociedade que paga impostos.

O Detran - Goiás incentiva o uso de equipamentos de segurança, e fortemente desencoraja a ingestão de bebidas alcoólicas ou outras substâncias antes de pilotar. Lembre que motocicleta não possui lataria, portanto a fatalidade dos acidentes é maior e eles podem causar lesões muito mais sérias. Segurança tem que vir sempre em primeiro lugar, observa a autarquia.

Diante da grave situação, o estudo recomenda ações acerca da necessidade de maior fiscalização e de programas de educação e segurança no trânsito, possibilitando uma visão de autocuidado e direção defensiva. Em Goiânia, o prefeito Rogério Cruz fez faixas exclusivas destinadas aos motoqueiros nos sinais de trânsito.

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