Brasil

Governo adota medidas para controlar gastos com congelamento no Orçamento até maio

Redação DM

Publicado em 22 de março de 2025 às 01:05 | Atualizado há 4 semanas

Nova estratégia orçamentária em resposta ao cenário fiscal

Um dia após a aprovação do orçamento de 2025 pelo Congresso Nacional, o governo federal anunciou uma medida provisória para restringir R$ 128,4 bilhões em gastos discricionários até maio. A medida, divulgada por meio de decreto publicado no Diário Oficial, visa ajustar o ritmo de execução orçamentária à realidade fiscal do país.

A Junta de Execução Orçamentária, composta pelos ministros da Fazenda, do Planejamento e Orçamento, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos e da Casa Civil, recomendou a implementação do decreto, que foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão vem em um momento crítico, onde o governo busca equilibrar a necessidade de investimentos estratégicos com a responsabilidade fiscal.

Impacto na administração pública

O congelamento temporário de despesas afeta diretamente os órgãos federais, que poderão empenhar apenas 1/18 dos gastos discricionários a cada mês, até novembro, se o decreto for estendido. Essa restrição é mais rígida que o limite de 1/12 mensal previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias, utilizado em casos de atraso na aprovação do Orçamento.

A expectativa é que essa medida gere uma economia de R$ 128,4 bilhões até maio e, potencialmente, R$ 69,5 bilhões até novembro, caso permaneça em vigor. O Ministério do Planejamento promete divulgar mais detalhes sobre a execução do orçamento ao longo das próximas semanas, esclarecendo o impacto dessas restrições.

Arcabouço fiscal e controle de despesas

A decisão de limitar os gastos discricionários está alinhada com o arcabouço fiscal que rege as finanças públicas do país. Segundo o Ministério do Planejamento, a meta é assegurar que os gastos cresçam em conformidade com as receitas disponíveis, sem comprometer o superávit primário projetado em R$ 15 bilhões para 2025.

O controle fiscal tem sido uma prioridade para o governo, que busca não apenas equilibrar as contas públicas, mas também garantir uma gestão eficiente dos recursos, de forma a não comprometer a qualidade dos serviços públicos e os investimentos essenciais.

Próximos passos e desafios

Com o orçamento ainda pendente de sanção, a publicação do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, que orienta a execução do orçamento e define contingenciamentos, está prevista para o final de maio. Até lá, o decreto atual estabelecerá os limites de empenho para os órgãos federais.

As medidas adotadas refletem o compromisso do governo em manter um rigoroso controle financeiro, crucial para navegar pelas pressões econômicas atuais e futuras. No entanto, a eficácia dessas ações dependerá de uma gestão cuidadosa e da capacidade de adaptação às mudanças no cenário econômico nacional e internacional.


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