Hurb enfrenta crise após decisão do Ministério do Turismo

A recente decisão do Ministério do Turismo de cancelar o cadastro da empresa Hurb – Hotel Urbano Viagens e Turismo S.A. levanta questionamentos sobre a sustentabilidade e a transparência no setor de turismo digital. A medida, que impede a empresa de operar, surgiu após denúncias de descumprimento contratual e uma série de reclamações de consumidores.

Em um cenário já complicado para o turismo, agravado pela pandemia, o cancelamento do cadastro da Hurb reflete um esforço do governo em proteger os direitos dos consumidores. A empresa agora tem um prazo de 10 dias para contestar a decisão e apresentar sua defesa.

Reclamações intensificadas

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) delineou uma série de exigências para a Hurb, que incluem a apresentação de informações financeiras detalhadas, como contratos pendentes e valores devidos aos clientes. O não cumprimento dessas exigências pode resultar em uma multa diária de R$ 80 mil, uma sanção que demonstra a seriedade da situação.

O secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, enfatizou que a Hurb teve diversas oportunidades para resolver suas pendências, mas a falta de uma resposta adequada culminou na ação do Ministério do Turismo. Segundo Damous, “a Senacon não negocia com má-fé, omissão e desrespeito ao consumidor brasileiro”.

Impacto no setor

A crise enfrentada pela Hurb pode ser um sinal de alerta para outras empresas do setor de turismo, que devem garantir a conformidade com as normas e a proteção dos consumidores. As políticas públicas estão se tornando cada vez mais rigorosas, e o foco na defesa do consumidor se intensifica, especialmente em um momento em que a confiança do público é crucial para a recuperação do turismo.

Por sua vez, a Hurb se manifestou em uma nota pública, alegando que estava em diálogo com a Senacon há mais de um ano e que a decisão do ministério parecia mais uma ação política do que uma resposta técnica a suas tentativas de resolução. A empresa se colocou como vítima em um sistema que, segundo ela, não favorece o entendimento e a negociação.