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Índice de queimadas no Pantanal já registra aumento de 900% este ano

O ecossistema pantaneiro tem estado em alerta com índices recordes de queimadas desde o fim de 2023

-Foto: Reprodução -Foto: Reprodução

O bioma Pantanal registrou 899 focos de queimadas nos primeiros cinco meses de 2024, um crescimento de quase 900%, quando comparado ao mesmo período do ano passado, segundo dados disponibilizados pelo Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

De acordo com informações do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) de Mato Grosso do Sul, o ecossistema pantaneiro tem estado em alerta com índices recordes de queimadas desde o fim de 2023, quando o fenômeno climático El Niño impulsionou a seca extrema no bioma, resultando em chuvas abaixo das médias históricas, entre 600 e 800 milímetros, quando o esperado era de pelo menos 1.400 mm para o período.

Cerrado e Amazônia

Em 2023, o bioma Cerrado registrou 5.850 focos de queimadas nos primeiros cinco meses do ano. Em 2024, o mesmo período contabilizou 8.012 focos de incêndio, um aumento de 37% .

O estado do Mato Grosso lidera o número de queimadas contidas no Cerrado, somando 23,3% de focos de incêndio em seu território, seguido por Tocantins e Maranhão, com 22,8% e 13,1% respectivamente.

Já no bioma amazônico, de janeiro a maio de 2024 foram registrados 10.647 focos de queimadas, número 102% maior que o contabilizado no mesmo período de 2023, quando o bioma totalizou 5.269 focos de incêndio.

“A conversão e o desmatamento do Cerrado geram desequilíbrios para a Amazônia e o Pantanal, afeta a disponibilidade hídrica em outros ecossistemas, contribui para secas, aumento das queimadas, ondas de calor e até tempestades, como as que afetaram o Rio Grande do Sul”, comenta Daniel Silva, especialista em conservação do WWF-Brasil.

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