Uma operação policial coordenada pela Polícia Civil de Santa Catarina resultou na prisão de dez membros de um grupo neonazista, após a derrubada de um habeas corpus que os mantinha em liberdade.
As prisões preventivas ocorreram no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais.
A ação foi realizada em cumprimento a uma decisão judicial e teve como alvo integrantes de uma organização extremista, que já haviam sido detidos anteriormente por crimes relacionados à intolerância e à violência.
Os indivíduos detidos fazem parte de uma organização criminosa skinhead e neonazista. Durante as prisões, as autoridades apreenderam um grande volume de material de apologia, o que indica obenvolvimento do grupo com ideologias extremistas.
Conforme informações divulgadas pela decisão do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), há evidências de que a célula neonazista desarticulada seja um braço de um grupo internacional.
Conforme informações policiais, todos os indivíduos detidos durante a operação policial eram monitorados por tornozeleira eletrônica, pois já haviam sido presos anteriormente.
Segundo o titular da Delegacia de Repressão ao Racismo e Delitos de Intolerância, as prisões dos membros do grupo neonazista foram realizadas em dias distintos, ao longo da última semana. Segundo o delegado, a operação não foi divulgada antecipadamente para evitar que os suspeitos se evadissem ou tentassem interferir no cumprimento dos mandados de prisão.
Presos em 2022
Oito dos dez integrantes do grupo neonazista que foram detidos ao longo da última semana já haviam sido presos anteriormente, em novembro de 2022, durante uma reunião da célula neonazista no município de São Pedro de Alcântara (SC).
Na ocasião, eles foram detidos em flagrante portando armas e símbolos associados a ideologias extremistas. Outros dois membros do grupo foram presos no início de abril deste ano, em Caxias do Sul (RS), durante uma operação policial realizada em conjunto pelas autoridades gaúchas e catarinenses.