A reforma ministerial planejada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocorrerá apenas após a eleição dos novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado. As eleições, que definirão os novos líderes das casas legislativas, estão agendadas para o dia 1º de fevereiro, um sábado.
Mudanças na Esplanada
Lula tem expressado, junto a aliados, o desejo de realizar alterações no comando de alguns ministérios. As mudanças visam aprimorar a articulação com o Congresso e acelerar a aprovação de pautas prioritárias. Atualmente, o governo conta com ministros de partidos, como MDB, PSD, Republicanos, PP, União, além do PT.
O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) é o principal nome cotado para assumir a presidência da Câmara, enquanto o senador Davi Alcolumbre (União-AP) é apontado como favorito para a presidência do Senado.
Recentemente, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, indicou que as mudanças poderiam ocorrer ainda em janeiro, possivelmente antes da reunião ministerial agendada para segunda-feira (20/1). Contudo, fontes próximas ao presidente afirmam que a reformulação ministerial só deverá acontecer após a definição das mesas diretoras. Isso porque os novos presidentes das casas serão consultados no processo de escolha dos nomes para integrar a Esplanada.
Dança das cadeiras
Circula também a possibilidade de os atuais presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), assumirem ministérios após deixarem seus cargos de liderança. O nome de Pacheco, por exemplo, é cogitado para o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), atualmente comandado por Ricardo Lewandowski.
Outra pasta que pode passar por mudanças é o Ministério da Defesa. O atual titular, José Múcio Monteiro, já comunicou a Lula seu desejo de deixar o cargo por questões pessoais. Para substituí-lo, o nome mais citado é o do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que atualmente também ocupa o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Além disso, o presidente pode promover alterações em ministérios mais próximos à Presidência, como a Secretaria-Geral. Atualmente, a pasta é comandada por Márcio Macêdo. Recentemente, Lula já realizou uma mudança na chefia da Secretaria de Comunicação Social (Secom), nomeando Sidônio Palmeira no lugar de Paulo Pimenta. O futuro de Pimenta ainda não foi definido, mas uma das opções levantadas é sua ida para a Secretaria-Geral.